Hemerson Pinto
O juiz de direito Marcelo Testa Baldochi, que na noite do último sábado deu voz de prisão a dois funcionários da empresa TAM Linha Aéreas no aeroporto Renato Cortez Moreira, informou em nota que chegou ao local 30 minutos antes do voo. O caso ganhou repercussão nacional quando o magistrado foi impedido de embarcar e os trabalhadores foram conduzidos até o Plantão Central de Polícia Civil.
O juiz teria chegado atrasado para o embarque, sendo impedido pelos funcionários. Sem concordar com a atitude, Marcelo Baldochi chamou a Polícia Militar e ordenou a prisão de dois funcionários do guichê da empresa. Após a condução dos dois jovens, o juiz conseguiu embarcar em um voo da Gol.
“[…] O voo marcado para as 21.02 horas admitia o embarque, segundo as normas de aviação civil e do que consta do próprio bilhete, poderia se dar em até 15 minutos antes da partida. Todavia, mesmo com o check-in em mãos, as 20:32 horas os passageiros Marcelo Baldochi e Camila Costa foram impedidos de embarcar sob a alegação de que deveriam estar no local às 20 horas. Feito isso o agente da TAM não prestou qualquer informação e disse que não era problema dele, isolando-se numa saleta da companhia. Apesar de se insistir para que através do radio tentasse o embarque disse que não o faria [...]”, diz trecho da nota enviada aos órgãos de comunicação.
Ainda, de acordo com a nota, a TAM garantiu o embarque dos passageiros para São Luís em um avião da empresa GOL. Da capital maranhense os mesmos fizeram conexão para a TAM e, assim, seguiram para o estado de São Paulo.
“[...] O que acabou sendo informado em São Paulo é que no voo original da TAM de Imperatriz para São Paulo foram vendidas mais passagens do que assentos (overbooking) e por isso os passageiros não puderam embarcar [..]”, diz outro trecho da nota. A Associação do Magistrados do Maranhão (AMMA) considerou o episódio como um caso isolado e anunciou que vai ser apurado de forma isenta e, se constatado algum tipo de excesso, que seja aplicada as penalidades previstas.
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