Carlos Gaby/Assimp
O vereador José Carlos Soares, presidente da Câmara Municipal, anunciou da tribuna na sessão desta terça-feira (26) que, como torcedor, vai entrar na Justiça Desportiva para obrigar o Conselho Deliberativo a realizar eleição para a presidência do Imperatriz, o Cavalo de Aço.
O parlamentar criticou a forma como o presidente do Conselho, Antonio Torres, conduziu a reunião da última sexta-feira (22), quando foi indicado o empresário Adauto do Baratão para um mandato tampão em razão da renúncia do ex-presidente Damião Benício dos Santos.
Convidado por um grupo de conselheiros para colocar seu nome à disposição para assumir a presidência, José Carlos esteve presente na reunião, à qual classificou “como um jogo de cartas marcadas”.
“Ora, se soubesse que era uma indicação pessoal do presidente do Conselho Deliberativo e não uma escolha do Conselho jamais teria estado presente nessa reunião. Nunca quis ser presidente do Cavalo de Aço por vaidade ou interesse político. Sou torcedor do clube, fundador da TOM, a Torcida Organizada do Mercadinho, a primeira do time, e já ajudei inúmeras vezes quando fui procurado por várias diretorias do Cavalo de Aço”, desabafou o presidente da Câmara Municipal.
“O que aconteceu naquela reunião foi um jogo de cartas marcadas. Se era uma indicação, o presidente do Conselho Deliberativo poderia fazê-la na frieza de seu escritório e não convidar os conselheiros e até cassar a voz ou impedir que alguns se manifestassem”, criticou.
Segundo o vereador, causou espanto também a declaração do presidente indicado e de alguns conselheiros de que o Cavalo de Aço não precisa dos políticos. “O presidente indicado disse que vai dar uma casa, duas salas para escritório e uma para a boutique do clube. Empresário não dar nada de graça e quanto aos políticos, o presidente já foi candidato em Cidelândia e sempre perdeu a eleição. Dizem, não sei se é verdade, que uma de suas filhas é pré-candidata a deputada estadual”, declarou.
O vice-presidente do clube é genro do presidente indicado. E sua família estava presente na reunião, o que, para o vereador, demonstra que a reunião foi além de “armação”. “Na verdade, ele já sido escolhido pelo presidente do Conselho Deliberativo. Houve um desrespeito com minha pessoa, fizeram-me passar por um constrangimento. E isso não aceito. Digo e repito: se soubesse que era uma indicação pessoal, jamais me faria presente naquela reunião”, reafirmou.
José Carlos disse que vai continuar prestigiando o clube como torcedor e ajudando no que for necessário, mas ressaltou que a saída para “dar ao Cavalo de Aço a grandeza que o clube representa – é a terceira força do futebol maranhense –“, passa primeiro por uma eleição democrática para a presidência. “Caso contrário, será o que a gente vê sempre, um clube nas mãos de quem não quer o seu crescimento”, argumentou.
Publicado em Política na Edição Nº 15974
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