Brasília-DF - Em pronunciamento na manhã dessa sexta-feira, o senador João Alberto Sousa (PMDB-MA) fez uma homenagem aos “quase 60 anos” de vida pública do político o qual considera seu mentor e amigo: José Sarney. A homenagem teve como alusão a data de hoje, em que o ex-presidente completa 85 anos de idade.
O senador relembrou o papel que Sarney teve na transição do regime militar para o democrático, ao assumir a presidência da República em 1985. Disse que sua atuação neste momento crucial da vida nacional é reconhecida hoje por todos os cientistas políticos do país.
Relembrou também que as convicções democráticas do ex-presidente tornaram possíveis outros avanços relevantes para a sociedade naquele período, como a consolidação da Assembleia Nacional Constituinte. Citou ainda a volta das eleições para prefeito, o voto aos analfabetos e a legalização de diversas organizações até então banidas pelos militares, entre elas o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e o Partido Comunista Brasileiro (PCB).
Apartes
O papel de Sarney neste período também foi lembrado pelo senador Valdir Raupp (PMDB-RO), para quem o ex-presidente continua agindo ainda hoje em nome da governabilidade, do consenso e do equilíbrio na vida política nacional.
Também Telmário Motta (PDT-RR) acredita que a experiência de Sarney o tornou uma espécie de “enciclopédia para consulta permanente” aos ocupantes de importantes cargos públicos hoje.
João Alberto lembrou ainda que Sarney implantou, quando na presidência da República, o Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI), possibilitando uma maior transparência nas contas públicas.
Na área social, o senador destacou o papel do ex-presidente na criação do vale-transporte, na consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS), a implantação no país do seguro-desemprego e, na educação do Maranhão, os projetos João de Barro e a abertura da Universidade Federal do Maranhão.
João Alberto Sousa citou também que na gestão de Sarney na Presidência da República o Brasil tornou-se a 7ª maior economia do mundo e reatou relações com Cuba.
— Sei que foi uma decisão difícil para ele deixar o Senado. Ele faz muita falta — concluiu o senador.
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