Ouvir o povo: este foi o objetivo do 9º Seminário Regional de Lideranças, realizado ontem (29), no auditório do Palácio do Comércio e Indústria de Imperatriz. O evento foi organizado pela Secretaria de Assuntos Políticos e pela Casa Civil, ambas do governo do estado, e contou com a participação de representantes de 22 municípios da região, entre prefeitos, vereadores e secretários. Ao final, foram produzidos dois documentos, um com a demanda de toda a região e outro com as demandas dos municípios.
Logo na chegada ao evento, o prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira, falou sobre as principais demandas do município. “As prioridades de Imperatriz são duas: infraestrutura, que é [um assunto] dramático, e saúde, que é uma emergência total. São as duas prioridades que Imperatriz tem hoje”, disse ele.
O deputado federal Léo Cunha concordou com a opinião do prefeito, lembrando que esta também é a realidade de todo o Maranhão. Ele cobra que o governo do estado busque conhecer esta realidade e contribua com a resolução de tais problemas. “Os problemas de Imperatriz são os problemas comuns a todo o Maranhão. Eu fico triste em dizer estas palavras sobre estas situações, mas são situações que o governo [do estado] tem que tomar conhecimento para poder resolver”, afirmou.
O evento teve início com a palestra do secretário Luís Fernando Silva, que falou sobre as “Competências Municipais e Propostas de Parcerias entre União, Estado e Municípios”. Na sequencia, o secretário adjunto de Planejamento, Orçamento e Gestão, Antônio José Chatack, abordou a metodologia de formulação das Políticas Públicas do Governo do Maranhão.
Mais tarde foram realizadas oficinas técnicas, onde os participantes debateram as demandas dos seus municípios e apresentaram suas principais solicitações. Para o prefeito Madeira, as oficinas e palestras foram os principais atrativos do Seminário. “É uma boa iniciativa. Primeiro por ter palestras para facilitar as gestões, sobre como prestar contas. Depois, pelo interesse em saber as demandas dos municípios”, opinou.
O Seminário de Imperatriz foi o 8º de um total de onze. Ao final, será realizado um novo evento, em São Luís, no dia 30 de agosto.
Gestão participativa - O Seminário Regional de Lideranças é uma forma de os gestores ouvirem a população. Para Luís Fernando Silva, a população é a mais indicada para contribuir com o processo de governo. “Ninguém sabe mais do que a população qual é o problema da cidade. Ninguém sabe mais do que a população como resolver este problemas, por isso, nós precisamos ouvir o povo”. O chefe da Casa Civil disse, ainda, que não é possível fazer gestão sem ouvir o povo, pois ela é “a origem e o destino da gestão pública”.
O secretário de assuntos políticos, Hildo Rocha, seguiu a mesma linha, lembrando que a somente ouvindo a opinião da população é possível fazer uma gestão com “a cara da população”.
Luís Fernando lembrou, ainda, que os recursos disponíveis são sempre inferiores à demanda dos municípios. O prefeito Madeira concordou com a visão do chefe da Casa Civil, citando um exemplo. “Na saúde temos uma situação peculiar, já que Imperatriz é um polo que atende três estados e o financiamento não é adequado para estas demandas”, argumentou.
Madeira lembrou, ainda, que os recursos da saúde municipal estão congelados já há quase cinco anos. No próximo mês, o prefeito vai reunir-se com o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em busca de mais verbas para o município.
Maiores demanda - Segundo Madeira, os maiores problemas de Imperatriz estão sendo enfrentados, apesar das limitações da cidade. Ele lembrou que a Unidade de Pronto Atendimento do governo do estado está pronta, mas ainda não foi inaugurada. “Quanto mais cedo ela [UPA] funcionar, melhor, porque ela diminui um pouco a demanda. Está pronta, já devia estar funcionando. Esperamos que, pelo menos, em agosto o governo [do estado] ponha essa UPA para funcionar, para ajudar a aliviar o peso do atendimento em Imperatriz”.
Sobre a infraestrutura, o município vem atuando em diversas áreas, como o bairro Santo Amaro, Parque Santa Inês, Vila Cafeteira, Jardim São Luís, rua Coronel Manoel Bandeira, a construção de 816 casas no povoado Bom Jesus e outros. Além disso, o município aguarda, ainda, a assinatura da segunda parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), que vai beneficiar os bairros Vila Nova e Vila Fiquene. (Comunicação)