BRASÍLIA - Representantes da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Associação Nordeste Forte, Ação Pró-Amazônia e Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) formalizaram a criação de um grupo de trabalho focado em soluções para fortalecer a indústria na Amazônia Legal e Nordeste. Na pauta realizada em reunião na última terça-feira (28), também entrou a renovação do acordo de cooperação técnica a ser assinado entre CNI e a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) para, entre outras ações, realizar um programa de qualificação com foco na ampliação do acesso a linhas de crédito diferenciadas.
Durante a reunião realizada no MDR e presidida pelo ministro Gustavo Canuto, foi feito um balanço das ações do Ministério e das entidades representativas da indústria em 2019 e apresentada a agenda 2020. O ministro informou que as prioridades do governo para o Nordeste são a infraestrutura hídrica e as fontes renováveis de energia. Para a Amazônica Legal, são o saneamento e a agregação de valor para potencializar cadeias produtivas já existentes.
Entre os destaques da reunião, uma carta assinada pelos representantes do setor industrial solicitando a exclusão dos Fundos de Apoio ao Desenvolvimento Regional da PEC 187/2019, em tramitação no Congresso Nacional. O texto da PEC possibilita a extinção dos Fundos Públicos e a utilização de recursos não aplicados para o pagamento de dívida pública.
Representantes da indústria avaliaram como bastante positiva a reunião e a criação do GT com o MDR. "Costumo dizer que o Nordeste não é um problema para o Brasil, mas uma solução. Com investimentos e ações adequadas temos condições de impulsionar o crescimento do país", comentou o presidente das Associação Nordeste Forte e da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN), Amaro Sales.
"O desenvolvimento da região Amazônica não diz respeito só ao norte, mas ao Brasil e ao mundo. Nesse sentido, fiquei feliz com a atenção que o governo tem dado às nossas demandas e em poder manifestar claramente o desejo de participarmos da discussão sobre os investimentos em saneamento na nossa região", comentou o presidente da Ação Pró-Amazônia e da Federação das Indústrias do Estado do Acre (FIEAC), José Adriano.
Para o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão, Francisco de Sales Alencar, que representou o presidente Edilson Baldez das Neves na reunião, "a FIEMA é favorável aos pleitos da Associação Nordeste Forte e da Ação Pró-Amazônia de retirada dos Fundos de desenvolvimento regional da PEC 187/2019, porque se aprovada na sua íntegra, vai prejudicar a promoção da infraestrutura pública das regiões Nordeste e Amazônica, tão importante para o crescimento desses polos e certamente afeta o nosso estado".
Também participaram do encontro o secretário-executivo do MDR, Mauro Biancamano; a secretária nacional de Desenvolvimento Regional e Urbano do ministério, Adriana Alves; o superintendente da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), Paulo Roberto Correia; o superintendente da Sudene, Douglas Cintra; o presidente do Banco do Nordeste, Romildo Carneiro; presidentes e vice-presidentes das federações das indústrias das região Amazônia e Nordeste, o gerente-executivo de Relacionamento com o Poder Executivo da CNI, Pablo Silva Cesário, e a subsecretária de Planejamento Integrado, Fundos e Incentivos Fiscais, Cilene Dórea. (Assessoria - Fiema)
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