O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Goiás impugnou, na última segunda-feira (20), o registro do candidato a governador Antônio Gomide (PT), após contestação do Ministério Público Eleitoral (MPE). Gomide, segundo o tribunal, praticou atos de improbidade administrativa na época em que foi prefeito do município de Anápolis (GO) e teve suas contas desse período rejeitadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) do Estado de Goiás.
O candidato petista já está fora da disputa pelo governo de Goiás por não conseguir votos suficientes para ir ao segundo turno. Ele obteve 10,09% dos votos válidos. A decisão do TRE, no entanto, invalidaria os votos de Gomide, o que daria a vitória em primeiro turno a Marconi Perillo (PSDB). Perillo obteve 45,86% dos votos válidos no primeiro turno e, sem a contagem dos votos dados a Gomide, Perillo teria obtido mais de 50% dos votos válidos.
O PT, no entanto, vai recorrer “a todas as instâncias possíveis” contra a decisão do tribunal. Em nota divulgada por sua assessoria, o partido questiona a rejeição da prestação de contas de Gomide. “Não há imputação de débito, nem prova de dolo. Por conseguinte, não há fundamento para sequer comentar sobre improbidade administrativa”. O partido explica que todas as “possíveis irregularidades” já teriam sido sanadas e que o balancete referente ao ano de 2010 foi aprovado pela Câmara Municipal de Anápolis.
A quatro dias do segundo turno das eleições, nada aponta que eventuais recursos impetrados serão julgados a tempo de impedir que o eleitor vá às urnas decidir entre Perillo e Iris Rezende (PMDB), que obteve 28,4% dos votos válidos no primeiro turno. De acordo com a assessoria do TRE, não há qualquer alteração quanto ao segundo turno no estado até o momento. A situação, conforme descreve a própria assessoria do tribunal, é atípica, mas o calendário para o próximo domingo (26) está mantido.
Caso Rezende vença o pleito no domingo e todos os eventuais recursos movidos pelo PT sejam negados, não está descartada a possibilidade do peemedebista, ainda assim, não se eleger governador do estado, em virtude de haver um novo resultado de primeiro turno. (Agência Brasil)
Comentários