Prestar assistência imediata às vítimas de queimaduras, reduzindo o agravo da lesão e o risco de óbito. Esse é o objetivo da proposta que será encaminhada à Secretaria de Estado da Saúde (SES), depois de aprovado no plenário da Câmara de Imperatriz a implantação de um setor de emergência para tratamento especializado em queimaduras no hospital macrorregional de 100 leitos em construção pelo Governo do Maranhão em Imperatriz.
O vice-presidente da Câmara de Vereadores, Esmeradhson de Pinho (PSDB), diz que os casos de queimaduras representam um agravo significativo à saúde pública, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde, sendo registradas mais de 1.500 internações em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) de queimados com taxa de óbito superior a 18%.
“O centro mais perto hoje de Imperatriz para tratamento especializado de queimados fica em Goiânia, no Goiás. Porém, a logística para deslocamento de um paciente é muito dependiosa”, observa ele, que pretende sensibilizar o secretário de Estado da Saúde, Marcos Pacheco, para que realize estudo de viabilidade para implantação dessa unidade de tratamento de queimados no novo hospital de 100 leitos em Imperatriz.
Ele ressalta que “essa unidade especializada em tratamento de queimados atenderá pacientes não apenas de Imperatriz, mas de todos os municípios da região Tocantina”. O parlamentar diz ainda que, de forma paliativa, a rede pública de saúde presta esse atendimento, porém garante que é necessário um setor de emergência para queimados.
Esmeradhson de Pinho cita que, entre os casos de queimaduras notificados, a maior parte ocorre nas residências das vítimas e quase a metade das ocorrências envolve a participação de crianças. Entre as queimaduras mais comuns estão as decorrentes de escaldamentos (manipulação de líquidos quentes, como água fervente) e as que ocorrem em casos de violência doméstica. Já entre os adultos do sexo masculino, as queimaduras mais frequentes ocorrem em situações de trabalho.
Os idosos também compreendem um grupo de risco alto para queimaduras devido à sua menor capacidade de reação e às limitações físicas peculiares à sua idade avançada. Já entre as mulheres, os casos mais comuns são situações domésticas ligadas ao cozimento de alimentos, acidentes com botijões de gás e o uso de álcool líquido. (Gil Carvalho)
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