O Campus do IFMA de São Raimundo das Mangabeiras leva muito a sério o tripé: ensino, pesquisa e extensão. Concluídas, em fase de andamento ou ainda em caráter embrionário as pesquisas, ao longo da presença da instituição nesse município, têm sido seu diferencial a ponto de, segundo o coordenador do setor de  agropecuária, o pernambucano Eugênio Ferreira, já ter trabalhos científicos apresentadas até no exterior.

 A extensão não fica atrás. Os pequenos produtores da região têm tido contato com tecnologias, até pouco tempo inalcançáveis por eles, transmitidas pelo corpo docente daquela instituição de ensino que na sua maioria é formado por mestres e doutores. O IFMA de Mangabeiras tem 1500 alunos.
Eugênio Ferreira admite que não é fácil introduzir novos conhecimentos numa cultura de produção empírica sedimentada ao longo dos anos, mas isso não é impeditivo para que esse trabalho continue. O professor raciocina que há muito espaço para que a região da chapada das Mangabeiras se torne um grande centro de produção. "Trabalhamos firmes para tornar o Maranhão um grande centro de produção", disse.
 O técnico fala com a propriedade e experiência uma vez que é oriundo de uma das regiões mais secas do País, o sertão Pernambucano, e que graças a muita pesquisa e investimentos públicos e privados produz e exporta várias culturas, notadamente frutas. Nessa área, em particular, pela experiências que estão sendo feita no IFMA,  a região de  Mangabeiras, de importadora pode se tornar, segundo ele, em exportadora de frutas dadas as condições climáticas e de solo.

RAIMUNDO CARREIRO, MINISTRO BENFEITOR DO IFMA DE MANGABEIRAS

A um grupo de visitantes, o professor Eugênio Ferreira,  depois de ressaltar as conquistas do IFMA, reconheceu e destacou o apoio e o empenho do ministro presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Raimundo Carreiro, para a implantação do Campus de Mangabeiras, o que fez dele, depois disso, um benfeitor permanente da instituição, uma vez que com seu prestígio, conquistado ao longo da sua carreira na capital federal, tem conseguido recursos para que o IFMA viesse a se tornar o que é hoje, um centro de excelência e de difusão do conhecimento .
O apoio de Raimundo Carreiro ao IFMA de Mangabeira como indutor do desenvolvimento da região, tem um viés sentimental. Natural do povoado Canto Grande, zona rural do município, ele deixou o lugar há exatos 52 anos, conforme disse, "com um saco na cabeça", para estudar e trabalhar em Brasília. Ali, depois de ralar muito, tornou-se servidor do Senado e também se formou em Direito. No Senado permaneceu até chegar ao TCU, Tribunal do qual hoje é presidente.
Moradores da cidade testemunham que mesmo tendo deixado o município Raimundo Carreiro nunca abandonou suas raízes e sempre que pode passa férias na cidade além de ser um ponto de apoio aos mangabeirenses que por um ou outro motivo precisa de um apoio na capital da República.
Também filho de Mangabeira, e atualmente morando em Brasília, Antônio Carlos Bringel, que acompanhou a visita ao IFMA, diz que chega a se emocionar com o história de vida de Raimundo Carreiro. "Um ilustre filho, que pelas relações conquistadas direta e indiretamente tem ajudado demais nosso município a se desenvolver", destacou.  (Elson Araújo)