Presidente do Ceste em entrevista coletiva

A partir de hoje, o sistema operacional de energia elétrica do Brasil ganha 1086MW, energia suficiente para atender a uma cidade com população de quatro milhões de pessoas. Com a presença da presidente Dilma Rousseff, será inaugurada às 11 horas a Hidrelétrica de Estreito, empreendimento do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC2 e construído pelo Consórcio Estreito Energia (Ceste), formado pelas empresas GDF SUEZ – Tractebel Energia, Vale, Alcoa e Intercement. Foi iniciada em 2008 e com investimentos de R$ 5 bilhões.
Ontem à tarde, o presidente do Consórcio, Carlos Castanho, o diretor de monitoramento do Setor Elétrico do Ministério de Minas e Energia, Domingos Andreatta, e a Assessoria de Imprensa da Presidência da República reuniram a imprensa no Palácio do Comércio em Imperatriz para detalhar a programação de inauguração e da visita da presidente.
Castanho e Domingos fizeram uma rápida explanação sobre a usina e depois foram sabatinados pelos jornalistas.
O presidente do consórcio fez questão de afirmar que todas as desapropriações foram feitas ainda no processo de enchimento do lago e que agora está sendo feita desapropriação de uma parte de duzentas famílias. “Estes entendimentos estão sendo feitos em função de acomodação adicional após o início da operação e atingem basicamente famílias das cidades de Filadélfia e Carolina”, frisou.
Ele também destacou que a mortandade de peixes, ocorrida quando foi ligada a primeira turbina, não ocorreu mais e que este problema, “infelizmente, não há como controlar. Apenas quando estávamos fazendo os testes com a primeira turbina é que ocorreram. Especialistas contratados pelo consórcio fizeram todo o monitoramento e acompanhamento a fim de que não fossem repetidos. Posso dizer que, como se trata de um elemento novo no sistema, não há como evitar, mas ao acionar as outras turbinas não foram mais registradas estas mortes”.
Carlos Castanho ressaltou que todos os compromissos sociais na área de influência da hidrelétrica foram cumpridos integralmente e inclusive com apoio aos pescadores e moradores da área coberta pelo lago. A energia gerada pela Hidrelétrica de Estreito já foi incorporada ao sistema nacional de energia, conforme afirmou o dirigente do consórcio.
Sobre o vai-e-vem do nível do rio Tocantins, Castanho informou que não há como modificar este sistema, pois a hidrelétrica não tem como segurar água, mas frisou que a usina não interferiu ou interfere no sistema. Vai continuar da forma que está.
Agenda – A presidente Dilma Rousseff desembarcará em Imperatriz às 8h45, mudará de aeronave e seguirá para a cidade de Estreito, chegando às 9h10. Em seguida, fará visitas à obra e acionará o botão da oitava e última turbina de geração de energia do Estreito; às 11:35, retornará para Imperatriz, onde embarcará às 12 horas para Brasília. Acompanham a comitiva os ministros de Energia, Edison Lobão; da Pesca, Marcelo Crivela, e Helena Chaves. Em Imperatriz será recepcionada pelo vice-governador do Maranhão, Washington Oliveira, e pelo governador do Tocantins, Siqueira Campos.