Vereador-presidente Hamilton Miranda propõe ampla discussão sobre a quebra de contrato com a Caema

Gil Carvalho

O vereador-presidente Hamilton Miranda de Andrade (PSD) manifestou-se contrário à proposta de retirada do Projeto de Lei, de autoria do Poder Executivo, que pretendia rescindir o contrato de prestação de serviços de fornecimento de água e de esgotamento sanitário operado [durante quatro décadas] deficitariamente pela Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) em Imperatriz.
“Não é possível que esse Projeto de Lei, que acaba de ser apresentado em plenário, depois de sua primeira audiência pública, venha a ser retirado de pauta”, questionou ele, que defendeu a tramitação normal do Projeto de Lei que propõe a rescisão do contrato com a Caema.
Miranda observa que “é preciso cautela e critério quando da utilização da tribuna por alguns representantes de entidades, como o ocorrido na audiência pública de quinta-feira (23) em que um jovem representante falou asneiras, inclusive acusações descabidas e levianas em desfavor de parlamentares da Câmara Municipal de Imperatriz”.
“Esse jovem quis acusar membros do PSDB, mas quem está na Papuda (presídio) são os filiados do Partido dos Trabalhadores, de acordo com ação transitada e julgada pela Justiça”, mencionou ele, que solicitou coerência dos convidados para utilizar a tribuna e lamentou que tentam colocar a sociedade imperatrizense contra o legislativo.
O vereador Fidelis Uchoa (PTB) observou que 84% da população votou no governador eleito Flávio Dino, em Imperatriz, devendo respeitá-lo e aguardar que propostas apresentadas durante a campanha eleitoral sejam colocadas em prática, ainda no começo do mandato, em benefício dos moradores da segunda maior cidade do Maranhão.
“Ele (Flávio Dino) garantiu que viabilizará, por meio do programa ‘Água para Todos’, esse benefício para todos os cidadãos maranhenses. Esse é um momento de transição de governo, temos que aguardá-lo”, disse ele, que reconhece o péssimo serviço prestado no fornecimento de água e esgotamento sanitário em todos os bairros de Imperatriz.
“Temos que dar um voto de confiança ao governador Flávio Dino. Caso contrário, depois irão dizer que o prefeito Sebastião Madeira colocou esse Projeto de Lei na Câmara Municipal que, caso fosse aprovado, iria retirar a responsabilidade do próximo governo”, avaliou.
Miranda reiterou que o projeto de lei precisa ser amplamente discutido, inclusive com a participação dos funcionários da Caema, dos moradores dos bairros prejudicados e da sociedade civil organizada de Imperatriz. “Depois desses debates, essa proposta seria discutida com os governos estadual e municipal”, finalizou.