Durante a entrevista coletiva nessa quarta-feira (4), véspera da eleição, o presidente da Câmara Municipal de Imperatriz, Hamilton Miranda de Andrade (PSD) explicou a retirada da sua candidatura à presidência da Casa em benefício do candidato José Carlos Soares Barros (PTB).
“É um desgaste natural, já que esse é meu terceiro mandato como presidente. Reconheço que errei em alguns pontos, principalmente em relação ao apoio aos vereadores. O vereador é uma peça importante. Mas, procurei fazer o meu trabalho, protegendo o poder legislativo. Todos nós sabemos que o poder legislativo hoje, em nível de Brasil é um poder desgastado e nós que estamos à frente temos que ter a responsabilidade de manter o poder legislativo em um bom nível”
Questionado sobre seu apoio ao candidato José Carlos Soares Barros (PTB), Miranda reconheceu a habilidade do concorrente e do clima de amizade independente das candidaturas.
“Zé Carlos sempre foi meu amigo aqui dentro. Eu disse pra ele: toca sua campanha que eu vou tocar a minha. Lá na frente à gente se encontra. Ele teve muito mais habilidade, costurou direitinho e vai ser eleito presidente, inclusive com meu voto e com o pessoal que tava me acompanhando”, disse.
Cogitado sobre uma possível manifestação dos professores grevistas durante a votação da Casa, Miranda afirmou que eles (professores) não serão recebidos pela polícia enquanto ele for o presidente.
“Os professores sempre vieram aqui, e fizeram manifestações de forma ordeira. Já fizemos votações aqui pesadíssimas, de reajuste deles e nunca tivemos problemas. Professor tem que ser recebido pelos pais de alunos, pelos alunos, pelo secretário de Educação, pelo prefeito e não pela polícia”, garantindo que a eleição vai acontecer, e que não sendo possível em plenário será realizada na sala da presidência.
Discursando em plenário, o vereador-presidente declarou “não aceitar ratos nem catitas do governo” pelos corredores da Câmara e explicou o porquê da sua declaração.
“Me referi às catitas do governo porque teve gente que queria mandar aqui na Câmara e eu não faço papel de rainha da Inglaterra. Aqui é um cargo presidencialista e quem manda aqui sou eu. Mesmo com Zé Carlos presidente, vou ficar atento e se eu desconfiar que tá tendo interferências de catitas aqui dentro vou denunciar”, asseverou.
Até o dia 31 de dezembro no comando da Casa, o presidente afirmou que vai dar continuidade ao mesmo trabalho, só tentando consertar, segundo ele, o seu principal erro, de não valorizar mais os vereadores.
“Reconheço que pequei. Vereador tem que ser respeitado, pelo governo principalmente e pelos representantes do governo. Não podemos mais admitir que um vereador chegue em uma Secretaria e não seja recebido”, disparou. (Mari Marconccine)
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