Domingos Cezar

O vereador Hamilton Miranda (PSD), presidente da Câmara Municipal, usou a tribuna na sessão ordinária dessa quarta-feira (20) para denunciar a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), a qual, segundo ele, vem realizando cobranças abusivas na conta de água e esgoto dos consumidores de Imperatriz.
De acordo com Miranda, o aumento chega à casa dos 55%, sem que haja uma explicação plausível da majoração. O vereador garantiu que procurou o escritório da Regional da Caema para cobrar uma justificativa dos gerentes e técnicos, "porém nenhum deles soube explicar o porquê do aumento considerado abusivo".
Na ocasião, Hamilton Miranda apresentou a seus pares várias contas de água de moradores que o procuraram no gabinete da presidência para registrarem a denúncia. O vereador observou que em muitas dessas casas é constante a falta d'água, enquanto outras não são servidas com esgoto, outra responsabilidade da Companhia.
Miranda garantiu aos colegas vereadores e às pessoas que se encontravam na galeria que no término da sessão procuraria de imediato a Promotoria de Defesa do Consumidor para registrar a denúncia contra a Caema. "Nós confiamos no trabalho do promotor Sandro Bíscaro, no que diz respeito à defesa dos direitos do consumidor", observa.
O presidente da Casa foi aparteado, inicialmente, pelo vereador Raimundo Costa (PP), o qual afirmou que há anos a Companhia não instala um metro de cano na cidade, comprovando assim a falta de investimentos no setor. Raimundo Roma (PSL) lembrou que a Companhia tem "deitado e rolado", num total desrespeito ao povo de Imperatriz.
O vereador Luis Gonçalves (PDT) afirmou que já recebeu dezenas de denúncias nesse sentido e que, no bairro da Caema, existem vários canos quebrados sem que os técnicos da Companhia façam o devido reparo. O vereador José Carneiro, o Buzuca (PSDB) garantiu que no bairro Santa Inês existe um vazamento que já dura quatro meses.
Ao retomar a palavra, Hamilton Miranda informou que o gerente regional da Caema retornou para São Luís com o pretexto de licença saúde, mas ele garante que a doença do gerente é causada pela pressão que tem recebido. "Isso porque a Companhia não lhe oferece as condições de trabalho necessárias", concluiu Miranda.