Vereador Hamilton Miranda: “Uma vergonha pra nossa cidade”

Carlos Gaby/Assimp

O vereador Hamilton Miranda, líder do Governo na Câmara Municipal de Imperatriz, usou a tribuna na sessão dessa quinta-feira (8) para cobrar uma solução imediata para a questão das três mil casas do Residencial Canto da Serra, do programa Minha Casa, Minha Vida, que estão em fase de acabamento e não foram entregues às famílias contempladas. As obras foram abandonadas pelas construtoras responsáveis. 
“Quando essa notícia saiu na internet, recebi várias ligações de várias partes do país perguntando se era verdade. Infelizmente, tive que responder que sim, que era verdade”, relatou o vereador.
Hamilton protestou contra o descaso com o dinheiro público e o desrespeito às famílias contempladas pelo programa, que precisam de moradia e aguardam ansiosas para receberem seus imóveis.
”Isso é uma vergonha para a nossa cidade. O que aconteceu ali foi o mesmo que em 2015, com a quebradeira do país, a empresa responsável entrou com as medições para receber o pagamento, mas não recebeu e não tinha suporte para continuar. A Caixa [Econômica Federal] nunca pagou. E por que não pagou? Porque o governo federal nunca mandou o dinheiro para a caixa. Esse é um abacaxi que creio que o Ministério Público Federal já está tomando as providências para resolver essa questão e responsabilizar quem cometeu essas irresponsabilidades”, enfatizou o vereador, revelando que hoje o projeto custa mais de duas vezes do valor inicial.
“Não é justo que a cidade de Imperatriz sirva de chacota para o Brasil todinho por irresponsabilidade de alguém”, finalizou.

O caso

Segundo reportagem do portal G1 Maranhão, “por conta do abandono no local, já é possível perceber alguns imóveis que estão com janelas e portas deterioradas e que uma vegetação cresce dentro e ao redor das casas”.
Ainda de acordo com a matéria, “a construção das casas começou em 2014 e no mesmo ano, foi realizado o sorteio das casas. O contrato para a construção das casas no residencial Canto da Serra foi assinado em 2012 e, desde então, a burocracia para o processo de licitação da nova empresa que irá assumir o final da obra, vem travando a entrega das casas e ainda não há prazos para a entrega os imóveis.
Informa também a reportagem que “três construtoras foram classificadas pela Caixa Econômica Federal para a execução da obra, mas elas abandonaram o serviço no ano passado”.