Mesmo com a aprovação pela Câmara dos Vereadores do Projeto de Lei 001/2013 de autoria do poder executivo, os Trabalhadores da Educação de Imperatriz continuam a greve por tempo indeterminado. O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Imperatriz (Steei) entrou com ação na Justiça pedindo dissídio coletivo para a solução do problema.
A aprovação do PL 001/2013 foi feita na manhã de ontem (23) a toque de caixa por 18 dos 21 vereadores da Câmara Municipal. Apenas quatro parlamentares votaram contra a prefeitura de Imperatriz, são eles: Aurélio Gomes (PT), Carlos Hermes (PCdoB), Marco Aurélio (PCdoB) e Rildo Amaral (PDT).
Para o presidente do Steei professor Wilas de Moraes, a Câmara Municipal de Imperatriz fez um desserviço à educação da cidade, aprovando um projeto sem que houvesse negociação entre a prefeitura e o sindicato. "A prefeitura abandonou unilateralmente a mesa de negociações. Nós propusemos 20%, depois 18% e mais adiante, dentro da própria Câmara, propusemos 15% de reajuste, mas o prefeito Madeira desconheceu a representação sindical e mandou aprovar o reajuste linear de 6%, um absurdo", esclareceu.
Dissídio Coletivo - Mas os Trabalhadores da Educação não se intimidaram e já deram entrada na Justiça com o pedido de dissídio coletivo. Para quem não sabe, o dissídio coletivo é uma ação proposta à Justiça do Trabalho para que ela decida sobre um impasse em negociação coletiva. "Tentamos até o limite retomar os canais de negociação com o prefeito, mas ele preferiu impor sua vontade e fez aprovar um projeto absurdo. Agora, a Justiça é quem vai decidir e ele vai ter que provar cada ponto do que disse, como por exemplo de que o reajuste chegaria perto dos 40%", explicou o presidente. "E até lá, estamos em greve, com a categoria mobilizada e vamos continuar nosso movimento para desmascarar as inverdades e informar à sociedade o que de fato está acontecendo tanto na prefeitura quanto na câmara", concluiu.
Publicado em Política na Edição Nº 14686
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