Governador Flávio Dino, com o secretário de Saúde, Marcos Pacheco, em recente visita às instalações da clínica de radioterapia em Imperatriz

O Governo do Maranhão tem priorizado o tratamento de câncer no estado. Para descentralizar o serviço, antes disponível apenas na capital, o Governo do Estado firmou convênio com clínica particular especializada em radioterapia em Imperatriz, a Oncoradium, beneficiando cerca de 200 pacientes por mês, na segunda maior cidade do estado.

O governador Flávio Dino anunciou o convênio logo no início da gestão, durante visita à cidade de Imperatriz realizada no dia 28 de janeiro. A medida faz parte do plano de requalificação do atendimento em saúde pública no Estado. “A partir de agora, pacientes com câncer passarão a ter acesso à radioterapia em Imperatriz, direito antes negado”, destacou o governador Flávio Dino quando firmado o convênio.
O secretário de Estado da Saúde, Marcos Pacheco, lembrou que esse convênio é de extrema importância, já que a região não contava até então com nenhum equipamento de radioterapia. “Essa região carecia muito dessa assistência oncológica, porque não tínhamos nenhum equipamento naquela região. O serviço de radioterapia completa o atendimento aos pacientes com câncer na região, já que Imperatriz só contava com o tratamento por quimioterapia”, declarou.
Dados - De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer é a segunda doença que mais mata no país. São mais de 400 óbitos por dia, que correspondem a 14,7% do total de mortes, enquanto que 21% das mortes são provocadas por doenças cardíacas.
No Maranhão, cerca de 7.120 casos de câncer foram identificados em 2014. Nos homens a maior incidência é o câncer de próstata, sendo 27,68%. Já o quantitativo maior entre as mulheres, com 250 casos em 2014, na capital, São Luís, é o câncer de mama. Enquanto que em todo o Estado, o câncer de colo do útero tem maior prevalência entre as mulheres, com 880 casos somente em 2014.
Diante de dados alarmantes, o Governo do Estado, desde o início do ano, prioriza o tratamento da doença colocando em prática dois grandes projetos que consistem em descentralizar o atendimento da capital São Luís e a criação de uma barreira assistencial nas regiões de Imperatriz, Caxias e Timon, evitando que pacientes dessas regiões precisem fazer tratamento em outros estados.
Em Imperatriz, o novo serviço de radioterapia já está até sendo compartilhado com o estado do Tocantins, que enfrenta dificuldades com o na realização deste atendimento. A Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins realizou um convênio para o custeio de cerca de 100 atendimentos por mês na segunda maior cidade maranhense.
Atualmente, um tratamento completo de radioterapia custa de R$ 40 a R$ 70 mil. “Esse é um tratamento muito importante para os pacientes e de altíssimo custo. Por isso, é fundamental contarmos com esse serviço pela rede pública de saúde”, explicou o médico oncologista Gutembergue Leandro.
Ampliação - Segundo o secretário de Estado da Saúde, Marcos Pacheco, para melhorar os indicadores de saúde no tratamento do câncer é necessário investir em prevenção. “No Maranhão, a prevalência desta doença é muito alta. Por isso, mais do que remediar, é importante organizar a rede de saúde em todos os municípios a fim de garantir a efetividade dos tratamentos”, afirmou.
Ainda como parte desse novo planejamento para os serviços de saúde ocorrerá a inauguração do Hospital Estadual Regional de Caxias, que deverá ser entregue em até 60 dias. O Hospital terá uma ala específica para o tratamento oncológico com quimioterapia. Com a ampliação dos serviços de quimioterapia, a expectativa de atendimento oncológico no Hospital Regional de Caxias abrangerá a população de 26 municípios das regiões de Caxias, Timon e São João dos Patos.