São Luís - Setores da indústria de ferro gusa do Maranhão e a ONG Greenpeace assinaram, nessa quinta-feira (2), no Palácio Henrique de La Rocque, em São Luís, um compromisso público pelo desmatamento zero na cadeia de produção. A ação foi intermediada pelo Governo do Estado.
Pelo acordo, as empresas de ferro gusa do Maranhão têm dois anos para implementar um sistema de monitoramento que assegura que nenhum de seus fornecedores produza carvão com madeira de floresta nativa ou desmate um plantio de eucaliptos que são transformados em carvão.
O vice-governador Washington Luiz Oliveira, que participou da reunião final, acompanha a negociação desde o mês de maio. “O Governo do Maranhão fez a sua parte, monitorando a questão. Esse acordo sela esse trabalho”, firmou.
Além do vice-governador Washington Luiz, participaram do encontro o diretor da Campanha Amazônica do Greenpeace, Paulo Adario; o presidente do Sindicato das Indústrias de Ferro Gusa (Sifema), Marcos Martins Souza; e representantes de entidades ambientalistas. Assinaram o acordo, além da ONG Greenpeace, a Cia Siderúrgica Vale do Pindaré, Cia Siderúrgica do Maranhão (Cosima), Gusa Nordeste, Margusa, Guarany Siderúrgica e Mineração, Viena Siderúrgica do Maranhão e Fergumar.
“Graças ao empenho do Governo do Estado, temos hoje um acordo com o Greenpeace na responsabilidade ambiental. Foi um debate em conjunto que resultou nesse acordo em prol do aprimoramento da cadeia produtiva do Maranhão, com responsabilidade socioambiental”, destacou o presidente do Sifema, Marcos Martins Souza.
No acordo, as indústrias de ferro gusa também se comprometeram a quebrar contratos com carvoarias que exploram mão de obra análoga à escrava ou que usam madeira oriunda de áreas protegidas.
Paulo Adário ressaltou que o acordo firmado ratifica o compromisso da indústria do Maranhão com a sociedade. “Este momento tem um significado importante porque a indústria faz um compromisso com a sociedade maranhense para preservação do meio ambiente na cadeia do carvão. Contamos com a colaboração do governo para acompanhar de perto o acordo firmado”, ressaltou o representante do Greenpeace.