Realizado de dois em dois anos pela International Enterprise Singapore (IES), instituiçao vinculada ao governo de Singapura dedicada à expansão de empresas deste país no mundo, o Latin America Business Forum 2015 (LAB 2015) integrou o Maranhão nas discussões centrais do evento ao convidar o Governo do Estado para participar do fórum, nessa sexta-feira (16), em Singapura, cidade estado localizada na Ásia.
O vice-governador Carlos Brandão lidera a comitiva do governo Flávio Dino que tem a presença do presidente da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), Ted Lago, e do secretário de Estado de Programas Especiais, Felipe de Holanda. Presentes, também, na comitiva maranhense, os técnicos, Celso Gonçalo, Luiz Renner e Luiz Athayde, do Sebrae-MA e da Fiema.
A delegação maranhense discutiu, em várias atividades de networking promovidas pelo evento, os desafios do Governo do Estado e quais soluções têm surgido ao longo do governo Flávio Dino para que o Maranhão remonte o seu cenário econômico e social a partir da chegada de novos investimentos estrangeiros, estreitando laços com grandes empresas do continente asiático.
A importância da inclusão do Maranhão nas discussões globais sobre o ambiente econômico e oportunidades de negócios entre América Latina e Ásia reside no fato do IES representar, hoje, para o Brasil, uma das principais vias de investimento nos setores de plataformas petrolíferas, infraestrutura de portos e no comércio de commodities, entre outros. Esse convite é o primeiro aceno feito por Singapura, ao reconhecer o potencial do Maranhão em ampliar a sua capacidade produtiva.
O evento também tratou da articulação de autoridades governamentais e empresas sobre temas atuais ligados ao universo econômico na América Latina e Ásia.
Assuntos abordados
Painéis temáticos nortearam as discussões compartilhadas pelos participantes, que se dedicaram às análises em curso do comércio, protecionismo e crescimento econômico sustentável para a América Latina e Ásia.
Outro alvo de debate foi o crescimento acelerado das populações da América Latina e as possibilidades de solução para a habitação, transporte, água e gestão de resíduos, além da busca por tecnologias e opções de financiamento e modelos de investimentos em infraestrutura.
Os participantes debateram como o empreendedorismo e a inovação afetam o cenário dos negócios na América Latina e Ásia, apontando quais novas janelas e oportunidades nos setores de energia e gás podem se tornar parceria entre a América Latina e Ásia.
Foi abordada a importância da política de transparência a ser adotada pelos governos da América Latina para que suas nações prosperem. Investidores e gestores públicos apontaram, no fórum, a transparência pública como ferramenta essencial para que os recursos gerados pelos países e estados possa ser bem investidos.
“A corrupção é o que faz com que os países da América Latina deixem de prosperar. Promovam a transparência pública e os seus investimentos entrarão nos eixos”, destacou o presidente do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), Enrique Garcia, ao se direcionar aos gestores públicos.
As ideias de governo próspero foram reforçadas pela análise da relevância da valorização de uma educação de qualidade e de acesso a todos, por meio do respeito ao trabalho desenvolvido pelos professores, em sala de aula, com a devida qualificação técnica especializada deste campo profissional, permitindo aos governos, inclusive, apostar na educação técnica para jovens e adultos.
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