Fórum de Governadores da Amazônia Legal

Durante reunião em São Luís nesta quinta-feira (28), o 19º Fórum de Governadores da Amazônia Legal anunciou a primeira compra conjunta entre os estados que integram o consórcio da região. São aqueles em que há ocorrência de vegetações amazônicas: Amazonas, Acre, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Maranhão e Mato Grosso.

Os governadores foram recebidos no Palácio dos Leões por Flávio Dino. O anúncio sobre a compra conjunta foi feito pelo governador do Amapá e presidente do Consórcio dos Governadores da Amazônia Legal, Waldez Goés.
De acordo com ele, a aquisição será voltada para a área da Saúde e caberá ao estado do Amazonas a organização dos mecanismos de compra.
Ainda segundo Goés, a inspiração veio do Consórcio Nordeste, ferramenta de gestão formada pelos nove Estados nordestinos, que em sua primeira licitação garantiu economia de 30% de economia na aquisição conjunta de medicamentos.
"O Consórcio tomou a decisão de fazer sua primeira compra corporativa área da saúde. Entendemos isso como passo importante. Já vem sendo experimentado pelo Nordeste e isso significa comprar melhor e com mais transparência, qualidade e economia", destacou Goés.
Waldez Goés assinalou ainda que já foram iniciadas as deliberações para novas compras nas áreas da Tecnologia e da Segurança Pública.
"O Estado do Mato Grosso vai organizar a compra corporativa na área de tecnologia e na próxima reunião, que deve acontecer em fevereiro ou março do ano que vem, nós devemos alinhar algumas situações nessa área de gestão, referente às compras corporativas na área de Segurança Pública", antecipou.
Ponte entre Carolina e o Tocantins
Ainda durante a Assembleia Geral do 19º Fórum de Governadores da Amazônia Legal, foi assinado protocolo de intenções entre os estados do Maranhão e Tocantins para construção de uma ponte que vai ligar a cidade de Filadélfia (TO) a Carolina (MA).
Para o governador do Maranhão, Flávio Dino, a parceria vai gerar benefícios sociais e econômicos, em especial para o turismo local.
"Uma das preocupações do Consórcio Amazônia é a integração infraestrutural entre os vários Estados. Agora vamos para os passos concretos e necessários para execução do projeto. Sabemos que Carolina e as cidades da região têm uma grande importância para a economia do turismo. Tenho certeza que esse investimento ajudará no desenvolvimento da região", frisou Dino.
Carta de São Luís
A partir dos debates realizados no 19º Fórum de Governadores da Amazônia Legal, os gestores assinaram a Carta de São Luís, protocolo de intenções na área ambiental para convergência de posicionamento dos estados da Amazônia Legal e o Governo Federal brasileiro, a ser apresentado na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2019 (COP-25), que acontece no mês de dezembro em Madri, na Espanha. Oito governadores assinaram a Carta.
O governador do Amazonas, Wilson Lima, disse que "esse é um encontro que nós fazemos frequentemente para discutir as questões da Amazônia e nessa reunião falamos principalmente sobre a COP 25 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2019)", que acontece no início de dezembro.
Mauro Carlesse, governador do Tocantins, avaliou que "quando juntam todos os Estados voltados ao mesmo tema do meio ambiente, a tendência é cada vez melhorar mais".
Para Mauro Mendes, governador do Mato Grosso, "esse encontro de governadores é uma oportunidade que nós temos, acima de tudo, de trocar experiências, de falarmos um pouco dos problemas comuns que nós temos aqui nessa grande região do Brasil que é a Amazônia Legal".
"É muito importante a união dos Estados, dos governadores, para que nós possamos facilitar as ações. Nós somos da Amazônia e nós temos muitos interesses em comum, interesses das nossas populações e esse diálogo tem sido muito importante", afirmou o governador de Rondônia, Marcos Rocha.
Para Helder Barbalho, governador do Pará, "o Fórum tem sido um ambiente absolutamente de integração da nossa região, da construção de forma coletiva de propostas que permitam com que a Amazônia Brasileira possa se desenvolver de forma sustentável, respeitando as nossas diferenças, respeitando nossas particularidades".