Momento comemorativo com o governador entre os técnicos que receberam a certificação na manhã

O pequeno agricultor Fidelismar enfrentou durante anos dificuldades com a sua produção. Ele pensava em sair do Maranhão, mas mudou de ideia. São João do Sóter, cidade onde ele mora, será um dos 30 municípios em que famílias de pequenos agricultores irão receber assistência especializada para melhorar a produção e combater à fome.

Fidelismar Gonçalves participou do evento de certificação de 90 técnicos em Agricultura Familiar que irão para os municípios com menor IDH do Maranhão. A assistência técnica que chegará a essas comunidades vai beneficiar mais de três mil famílias nos 30 municípios com menor IDH do Maranhão. Ao priorizar pessoas vulneráveis, que vivem em situação de risco e de extrema pobreza, o governador Flávio Dino aponta a produção interna como um dos caminhos que garantirá a força impulsionadora para diminuir os problemas sociais e proporcionar desenvolvimento econômico para o Maranhão.
"A luta contra a desigualdade social é a força que nos move. Desenvolvimento sem igualdade social não se sustenta. Queremos que os pequenos produtores sejam capazes de prover o sustento, com segurança alimentar, rompendo com a fome em nosso estado. Precisamos também olhar adiante, compreender que o Plano de Ações Mais IDH é um conjunto de ações que reduzem as desigualdades e oferecem novas oportunidades de vida às pessoas", afirmou Flávio Dino.
O Governo do Estado investiu R$ 23 milhões na implantação dos 'Sisteminhas' nos 30 municípios que possuem o menor IDH do Maranhão. Os 90 técnicos certificados foram aprovados em um seletivo, em seguida, capacitados através de cursos teóricos e práticos, e a partir do dia 24 de setembro seguem para os municípios do Plano de Ações Mais IDH onde implantarão os Sisteminhas.
Participaram do ato de certificação dos 90 técnicos, o vice-governador Carlos Brandão, o presidente da Assembleia Legislativa, Humberto Coutinho, os deputados estaduais Rogério Cafeteira, José Inácio, Vinicius Louro, Paulo Neto, Toca Serra e Sérgio Frota. Os presidentes dos órgãos, Fortunato Macedo (Agerp), Mauro Jorge (Iterma) e Waldemicio Ferreira  (Embrapa), participaram do evento ao lado de Chico Miguel (Fetaema), Davi Telles (Caema), prefeitos, gestores e secretários municipais.

Como funcionam os Sisteminhas?

O principal objetivo dos Sisteminhas, implantados pela Secretaria de Agricultura Familiar, com o apoio da Agerp, Iterma e Embrapa, é combater a fome nas comunidades mais pobres do estado, a partir da troca de experiências e do conhecimento. Ao utilizar o conhecimento tecnológico para diminuir as desigualdades sociais, o projeto é capaz de retirar famílias da extrema fome depois de 5 meses dos sistemas já implantados nas comunidades.
Para que o Sisteminha funcione é preciso que os produtores tenham um tanque de piscicultura, montado a partir de módulos. O módulo do peixe é o que gera maior consumo de ração e consumo de energia elétrica necessária para movimentar as bombas instaladas. A partir de R$ 500,00 o Sisteminha cria mecanismos para que as famílias consigam produzir alimentos para consumo interno e com os excedentes podem comercializar, gerando emprego e renda.