Segundo a deputada, a reforma política está longe do que esperava o povo brasileiro

Com a retomada do debate na Câmara dos Deputados sobre a minirreforma eleitoral, a deputada federal Eliziane Gama (PPS-MA) destacou, na tarde dessa quarta-feira (09), o sentimento de frustração do povo brasileiro sobre os rumos da reforma política e eleitoral.

“Há pelo menos duas décadas, o Brasil vem discutindo a reforma política. Houve envolvimento das principais organizações do país e da sociedade civil organizada, para contribuir com o Congresso Nacional, e efetivamente ter uma reforma que fosse compatível com esses anseios da população brasileira. Porém, o que tivemos foi uma verdadeira frustração. O texto final aprovado na Câmara dos Deputados foi totalmente contrário àquilo que defendiam essas organizações no país”, criticou Eliziane.
Eliziane Gama defendeu que a Câmara dos Deputados mantenha no projeto da minirreforma eleitoral (PL 5735/13) aprovado pelo Senado, a proibição de doação de empresas para campanhas eleitorais.
De acordo com a deputada maranhense, o Senado Federal deu uma enorme contribuição eliminando do texto o financiamento de campanhas eleitorais por iniciativas privadas. Na avaliação da parlamentar, os partidos e candidatos precisam diminuir custos de campanha e ter maior envolvimento popular.
“O Senado Federal, além de tornar mais transparente o financiamento de campanha a partir das doações feitas para partidos e também para candidatos, elimina doação de empresas. Eu me lembro de que na CPI da Petrobras tivemos a oitiva do Sr. Barusco, que falou, de forma clara, que não existe almoço grátis, que as doações feitas nas campanhas eleitorais vêm com interesses”, comentou.
Eliziane afirmou que eliminar o financiamento empresarial a partidos e candidatos é o primeiro passo para reduzir a corrupção no Brasil e a Câmara dos Deputados tem agora a oportunidade de reparar o erro da votação anterior.