Hemerson Pinto
Estudantes do curso de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo, da Universidade Federal do Maranhão - UFMA, campus do centro de Imperatriz, interditaram o cruzamento das ruas Simplício Moreira e Luís Domingues. O protesto aconteceu no final da tarde de ontem e marcou o início da greve dos acadêmicos do curso.
O trânsito ficou parada por cerca de 1 hora. Alguns condutores reclamaram do ato e outros concordaram com a maneira escolhida pelos estudantes para reivindicar melhorias para a comunidade acadêmica. “Concordo, têm mesmo é que lutarem para conquistar os direitos que têm. Estou indo pra casa mesmo, não tenho pressa de chegar, é um movimento limpo e pacífico”, disse o autônomo Cleiton Farias.
“Buscamos a qualidade na educação e para isso temos que lutar. A exemplo de outros cursos, estamos sem professoras para várias disciplinas. Estou no segundo período e tenho apenas quatro disciplinas. Apenas o primeiro período está com todas as disciplinas. Além disso, não temos laboratório de qualidade, como o Rádio, que está abandonado, por não usarmos os equipamentos porque não têm professores. O de Informática funciona na teoria, e é raro quando tem internet”, afirma o acadêmico José Carlos, do segundo período.
Os estudantes informaram que, ao final do protesto nas ruas de Imperatriz, retornariam ao campus do Centro, onde deveriam realizar a ocupação por tempo indeterminado. A greve do curso de Jornalismo começou na última segunda-feira. “Um movimento de ocupação, mas com debates e metas para conquistarmos nossos direitos. Não é apenas gritar”, reforça José.
Os alunos dos cursos de Enfermagem, Engenharia de Alimentos e Licenciatura em Ciências Naturais continuam o movimento de ocupação do campus da UFMA no bairro Bom Jesus. A greve desses cursos chaga a 21 dias. Há 29 dias os técnicos administrativos também estão em greve. Eles reivindicam melhoria salarial, reestruturação da carreira e a aprovação da carga horária de 30 horas para os trabalhadores.
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