A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, a presidente do STF, Carmém Lúcia, e a ministra da Suprema Corte da Noruega, Ragnhild Noer

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, disse ontem (19), durante o 8º Fórum Mundial da Água, que o Judiciário tem o dever de transformar o quadro de ameaça ao meio ambiente no Brasil.

“Aqui, como em todo o mundo, cabe a nós do Poder Judiciário, acionados, porque não agimos de ofício, fazer com que se mude integralmente esse quadro [de agressão], para que o meio ambiente adequado seja garantido”, disse, ao participar na manhã de ontem de um seminário na Conferência de Juízes e Promotores. “Na parte ambiental estamos muito a dever, porque fizemos muito mal à natureza por causa de dinheiro”, acrescentou.
Ela disse ainda que, no Brasil, costuma-se discutir os problemas relacionados à água somente quando há alguma falta de fornecimento, o que precisa ser modificado.
Além de Cármen Lúcia, também participaram do seminário a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e do presidente da Corte Suprema da Argentina, Ricardo Lorenzetti.
O 8º Fórum Mundial da Água, sediado em Brasília, é o primeiro a contar com uma conferência exclusiva de magistrados e promotores de diversos países para discutir o direito à água e os desafios jurídicos para a proteção ambiental de fontes aquíferas. (Agência Brasil)