A cidade cresceu desordenadamente, com o surgimento de bairros por invasões e loteamentos clandestinos e sem infraestrutura. O que será feito para acompanhar esse crescimento evitando os inúmeros problemas que acabam inviabilizando uma administração?

ROSÂNGELA: Faremos um plano diretor com participação do povo elencando as prioridades e planejando as ações de curto, médio e longo prazos. O plano de saneamento básico é uma dessas prioridades. A melhoria da saúde pública, da educação, da infraestrutura contribui de forma significativa para a melhoria da qualidade de vida das pessoas.

A urbanização é outra questão que vem se arrastando sem a devida atenção do poder público. A área comercial, por exemplo, foi ocupada pelos camelôs e até agora nenhum gestor ousou enfrentar o problema. Se já não bastassem os camelôs, o pedestre também é empurrado para o meio da rua devido à falta de padronização das calçadas. Há interesse em resolver esse problema? Quais as dificuldades?

ROSÂNGELA:Será feito um levantamento dos camelôs existentes na cidade. Conversaremos coma a categoria para ouvirmos sugestões. A partir daí o poder público vai apresentar soluções para resolver de forma satisfatória o problema, não causando constrangimento aos pais e mães de família que sobrevivem desse tipo de comércio. No quesito acessibilidade, faremos um levantamento das áreas centrais da cidade que estão dificultando a acessibilidade, padronizando as calçadas, sem esquecer as rampas para as pessoas portadoras de necessidades especiais.

Imperatriz, já com os seus 160 anos, ainda enfrenta o grave problema de saneamento até na sua parte central; riachos poluídos, exalando forte mau cheiro na cidade recebem esgoto sanitário jogado pela população e levado para o rio Tocantins, sem tratamento, trazendo sérios problemas para a saúde e meio ambiente. Qual o seu plano para erradicar o problema?

ROSÂNGELA: O saneamento básico é um dos norteadores da saúde. Faremos um plano de saneamento básico junto à FUNASA para que sejam destinados recursos para o saneamento em áreas de agravo e de alto risco existentes em Imperatriz.

O trânsito de Imperatriz está caótico. Há uma saída?

ROSÂNGELA: Abriremos uma licitação para firmas que prestem consultoria em engenharia de trafegabilidade. Também conversaremos com os diversos segmentos que fazem o trânsito de Imperatriz: profissionais que trabalham com táxi-lotação, com o serviço de mototáxi, motociclistas, taxistas e motoristas de transportes coletivos, para juntos traçarmos alternativas de trafegabilidade.

Na Educação, apesar dos investimentos, o ensino público ainda deixa a desejar. O que fazer para melhorar os índices? O professor se queixa da falta de valorização e capacitação. Só o aumento de salário é o suficiente para que ele tenha estímulo para trabalhar?

ROSÂNGELA: Pretendemos implantar o Fundeb 40 - Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (que beneficia zeladores, merendeiras, vigias e secretárias das escolas) e reformular o Fundeb 60 (que beneficia os professores).
Também iremos construir e reformar escolas. Viabilizar a construção de escolas de tempo integral e a construção de creches nos bairros. Iremos  instituir parcerias com entidades públicas e privadas para qualificação e capacitação dos nossos professores.

A saúde sempre foi outro empecilho no caminho dos gestores públicos. Imperatriz não atende apenas os seus moradores (230 mil, segundo o IBGE), mas de toda a região sul do Maranhão, além do Tocantins e Pará. Embora tenha melhorado muito, nos últimos anos, qual a saída para tornar eficiente o funcionamento da saúde pública municipal de Imperatriz?   

ROSÂNGELA:  Vale ressaltar que Imperatriz é sede de macrorregião e recebe recursos do Ministério da Saúde, fundo a fundo, das 48 cidades, conforme documento de gestão, cito o PPI (Programação Pactuada Integrada). No entanto, o Maranhão recebe o segundo menor per capto para tratar dos maranhenses. Em primeiro lugar, necessitamos urgente reformular a PPI para que haja mais financiamentos na saúde. Segundo: este problema se constitui por financiamento e gestão dos recursos do SUS. Para melhorarmos o funcionamento da saúde pública, começaremos com a reestruturação da atenção básica, o aumento do número de consultas especializadas, mutirão de cirurgias eletivas e uma política de valorização dos trabalhadores de saúde com a implantação do plano de cargos, carreiras e salários, já aprovados em lei desde 2008, necessitando apenas ser implantado.

Os pilares econômicos de Imperatriz são o comércio e a prestação de serviços. Mas começam a chegar grandes indústrias, como a Suzano, e parece que o atual Distrito Industrial não é capacitado para receber tais indústrias, ou mesmo de porte menor. Qual será a participação da administração municipal para resolver esse problema e como você analisa o desenvolvimento da cidade?

ROSÂNGELA: A cidade teve crescimento e não desenvolvimento. Porque o desenvolvimento muda a qualidade de vida das pessoas e o podemos ver nos bairros da cidade são os mesmos problemas de 10, 15 anos atrás: falta de água, escolas de qualidade, postos de saúde e saneamento básico. A cidade precisa se preparar para receber novos investidores e o poder público precisa promover qualificação de mão de obra em parceria com CEST-SENAC e outras entidades públicas e privadas para que os empregos gerados por essas empresas possam ser garantidos à população de Imperatriz, aumentando a renda familiar e promovendo o desenvolvimento como um todo.

Em ordem de importância, quais as prioridades da sua administração? Justifique-as.

ROSÂNGELA: As prioridades do meu governo são: a saúde, que é o dom maior que nós temos, que nos proporciona qualidade de vida.
O saneamento básico e pavimentação asfáltica, que também fazem parte da saúde, e a educação para melhorar os indicadores da nossa educação básica proporcionando um futuro melhor para os alunos, capacitando os professores e cuidando também da estrutura física das escolas.

Por que você é candidato a Prefeito de Imperatriz?
ROSÂNGELA: Coloquei meu nome à disposição do povo de Imperatriz para continuarmos a revolução iniciada na saúde. Agora, quero utilizar minha experiência como gestora à frente da administração municipal para poder fazer mais por toda a cidade. Sinto-me realmente preparada. Preparada e determinada e ao lado do meu vice Pastor Laércio, de uma equipe preparada, técnica e qualificada, iremos abraçar essa causa para a transformação da cidade de Imperatriz. Queremos fazer o melhor por Imperatriz e seu povo. Com a sensibilidade da mulher e a força de nossa equipe, sei que iremos construir uma cidade mais organizada, planejada, humana e feliz, onde as pessoas tenham qualidade de vida.

Quais os políticos mais importantes que estão lhe emprestando apoio e quais os vínculos dos mesmos com Imperatriz ou a Região Tocantina?

ROSÂNGELA: Meus apoiadores são o ex-vereador Adhemar Freitas, o ex-secretário de Administração Lamartine Milhomem, o deputado Antonio Pereira, o meu eleitor e empresário Ildon Marques de Sousa. São líderes, filhos da terra e que também querem o melhor para Imperatriz.

Perfil Rosângela Curado - Cirurgiã dentista, nascida dia 11 de dezembro de 1966, em Santos, São Paulo. Pós-graduada em Gestão Pública e Auditoria em Gestão de Planejamento Público em Saúde. Está em Imperatriz há 22 anos. Tem dois filhos. Assumiu, durante quase dois anos, a Secretaria de Saúde de Imperatriz. Trabalhou no SESI, Hospital Regional Materno Infantil, foi Secretária de Saúde dos municípios de João Lisboa e Coelho Neto.