No próximo 11, a partir das 8 horas, no auditório do Palácio do Comércio - Centro, será realizada a VI edição do Seminário “Revitalização dos Rios Maranhenses e suas Nascentes”, uma iniciativa do Gabinete do senador maranhense Roberto Rocha (PSDB), do Instituto Cidade Solidária (ICS) e do Movimento Ensinando e Aprendendo (MEA).

O seminário reflete a preocupação do parlamentar com a situação dos rios que cortam o Maranhão. As edições anteriores ocorreram em São Luís, Pedreiras, Caxias, Grajaú, Balsas, municípios que, a exemplo de Imperatriz, também estão ameaçadas de escassez de água.
Para o seminário de Imperatriz, o último da série este ano, Roberto Rocha convidou o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), que enfrentou anos atrás a maior crise de falta de água da história daquele estado. O governador paulista já confirmou presença.
Nesta entrevista, Roberto Rocha fala sobre a crise hídrica que afeta hoje não só algumas cidades maranhenses, mas diversas Brasil afora.

Repórter - Por que convidar o governador de São Paulo para discutir um problema do Maranhão?

RR - A resposta é bem simples: o Geraldo Alckmin enfrentou com competência a maior crise hídrica do Estado de São Paulo numa região metropolitana de 20 milhões de pessoas. Só a cidade de São Paulo tem 12 milhões de pessoas. E ele então comprou muitos equipamentos, porque a companhia de saneamento de lá não conseguia captar água, situação que a Caema deverá enfrentar em Imperatriz caso o rio Tocantins continue a baixar. Nós vamos nos antecipar, e por intermédio do nosso mandato, se for o caso, pedir ao governo paulista que empreste algumas bombas e máquinas flutuantes da Sabesp {quarta companhia de saneamento do mundo} para que a Caema não deixe faltar água na torneira do imperatrizense. Ele já socorreu cidades de Pernambuco, Paraíba e Sergipe e até Brasília.

Repórter - E ele já confirmou presença?

RR - Conversamos muito com o governador Alckmin sobre essa situação, e ele demonstrou toda boa vontade de ajudar o Maranhão. Vai deixar todas as suas atividades para participar do nosso seminário do dia 11 e discutir conosco a questão hídrica, não só de Imperatriz, mas a que o País hoje enfrenta.

Repórter – Com o de Imperatriz já são seis seminários. O que de concreto foi feito até agora para salvar os rios maranhenses?

RR - Temos o prazer de informar que os encontros sobre o tema realizados até agora não se limitaram às palestras e mesas redondas. Em todos, foram apresentadas ações que já estão sendo viabilizadas para a revitalização dos rios.

Repórter - O senhor poderia citar algumas dessas providências?

RR - Ainda que não seja minha responsabilidade direta como senador, esses seminários já resultaram em convênios entre órgãos federais e estaduais para a elaboração do Plano de Recursos Hídricos da Bacia do Itapecuru e para a construção de diques e barragens em áreas vitais para grandes aglomerados populacionais, sem falar na baixada maranhense, que será beneficiada com o projeto “Diques da Baixada”, projeto da nossa autoria que mudará a dinâmica econômica da baixada maranhense. Não podemos deixar de lembrar a aquisição, via Governo Federal, a destinação de 15 milhões em equipamentos, como dragas e escavadeiras hidráulicas para o desassoreamento dos rios.

Repórter – E quando Imperatriz poderá contar com esses benefícios?

RR - Tão logo o projeto, da nossa autoria, que inclui a Bacia do Tocantins na área de influência da Codevasf {Companhia de Saneamento dos Vales do São Francisco e do Itapecuru} seja sancionado pelo presidente da República, o que acontecerá nos próximos dias.

Repórter – Quem poderá participar do seminário?

RR - Todas as pessoas preocupadas com a questão hídrica, com o abastecimento de água, com o rio Tocantins, com o meio ambiente. Queremos que as pessoas participem levando suas ideias, suas sugestões, ou mesmo sua presença para conhecer melhor o problema para que sejam encaminhadas as soluções.

Repórter - Como fazer para participar?

RR - Não há dificuldade. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas pelo e-mail  inscicoes@cidadesolidaria.org, ou pessoalmente no nosso Escritório de Representação na Rua Barão do Rio Branco - Centro, ou pelo telefone: 99 3525-3833. Já a entrada é apenas um quilo de alimento não perecível, que será doado para uma instituição beneficente da cidade.

Repórter - O senhor é pré-candidato a governador, portanto adversário do governador Flávio Dino. O senhor o convidaria para o evento?

RR - A questão é séria. Quero deixar de lado qualquer diferença político/eleitoral e convidar o governador para participar do seminário, já que teremos um governador de outro Estado disposto a ajudar o Maranhão, notadamente Imperatriz, a enfrentar essa crise hídrica. A eleição é só ano que vem. O que queremos é um seminário profícuo, proveitoso.