Embora tenha melhorado muito, nos últimos anos, a saúde sempre foi o "Calcanhar de Aquiles" dos gestores. Qual a saída para tornar eficiente o funcionamento da saúde pública municipal de Imperatriz?  Tem solução? Qual?

 Na realidade o município é o gestor do SUS - Sistema Único de Saúde, também contribuindo com a parcela mínima de 15% da receita municipal. Temos dois problemas que têm gerado a deterioração dos serviços públicos na área de saúde. 
Primeiro, a péssima gestão dos recursos. A regra geral é a inversão de prioridades onde quem fica em último lugar são as famílias dos trabalhadores assalariados. Temos Postos de Saúde precarizados onde o normal é faltar médicos, profissionais de saúde, remédio e muitas vezes até gaze para um simples curativo. Devido a esta situação, os profissionais de saúde têm realizado justas mobilizações, exigindo melhores condições de trabalho e melhores salários.  Na escala de prioridades, tem sido um dos setores mais precarizados da história das gestões públicas de Imperatriz. O Socorrão tem uma estrutura sucateada e não oferece as mínimas condições para um cidadão ficar hospitalizado. Há anos a procura pelos serviços de saúde supera esta arcaica estrutura. Além disso, a Administração gasta milhares de reais com aluguel, mas não procura construir uma estrutura adequada aos usuários  do sistema. São meses esperando resultados de exames ou marcação de cirurgias.  Este é o resultado de uma estrutura de poder onde não há mecanismos para a participação popular.  Em segundo lugar, temos a redução dos investimentos na área de saúde por parte do governo federal. Com a atual crise que assola o país, esta redução tem sido catastrófica.
Na realidade a precariedade nos serviços de saúde pública reflete uma opção política do governo federal  que em contradição com os interesses da maioria da população, tem a intenção de privatizar não só a saúde pública, mas de resto todos os serviços públicos como educação, saneamento básico, etc.
As elites tentam disseminar a ideia que o eficiente é o privado. Este é um conceito falso. Na realidade, na ganância do lucro as empresas privadas produzem para quem tem poder aquisitivo.  Quase todos os recursos dos trabalhadores são aplicados na subsistência, alimentação básica, vestuário básico e moradia básica. Nem sempre o salário garante tudo isto. Então temos uma multidão fora do consumo de interesse da ganância do lucro . Estes não interessam às empresas privadas. Justamente por esta razão precisamos dos serviços públicos de saúde para que as famílias dos trabalhadores tenham garantido de forma gratuita e universal a assistência na área de saúde.
Em nosso entender tudo que precisamos para termos um serviço de saúde pública de qualidade é  a nação, através do governo federal, investir os recursos necessários.  Isto é uma questão de prioridade e o grande objetivo é que todos os brasileiros tenham acesso de forma universalizada a este serviço, como já é a proposta do SUS.  Precisamos combater a visão antidemocrática das elites que dominam este país que só enxergam os interesses das empresas privadas e não por acaso temos o governo e o congresso  nacional contaminados pela corrupção. Hoje a grande luta que devemos travar é pelo Fora Temer, governo que pretende sucatear de vez a saúde pública.
Na gestão destes recursos aqui no município é necessário que a população tenha instrumentos de participação popular. A grande proposta que defendemos é a luta pela construção do Poder Popular.

Imperatriz, com mais de cem bairros e mais de mil quilômetros de ruas, alguns são repositórios de doenças como Hanseníase e Tuberculose, precisa, imediatamente, de ações de saneamento básico que hoje é uma preocupação mundial. Esgoto sanitário lançado na rede de drenagem e em nossos riachos e grotas, jogado no rio Tocantins sem tratamento, contribuindo para a proliferação de doenças. Qual o seu plano para erradicar o problema? Continua assim ou tem solução?   
Um crime das gestões públicas em Imperatriz  a forma como é tratado o saneamento básico em nossa cidade. Esgotos a céu aberto e lançados diretamente nos nossos córregos e riachos, tendo como destino o nosso querido Rio Tocantins. Esta irresponsabilidade criminosa é fonte geradora de várias doenças que atinge parcela considerável das famílias que dependem do salário para viver. Doenças como hanseníase e tuberculose são resultados desta omissão criminosa. A contaminação dos rios é o resultado da irresponsabilidade.  Não há escassez de recursos que justifique este tipo de atitude.  Nossa Imperatriz cresce e a falta de  saneamento básico só se agrava. Todos falam que parte dos recursos do PAC foram desviados e a Vila Cafeteira tem hoje só um remendo de saneamento básico que continua lançado sem tratamento esgoto no córrego.
Enquanto tivermos este tipo de engodo na política, onde só os ricos conseguem se eleger e o trabalhador assalariado não tem mecanismos de defender seus interesses, nossa Imperatriz, nosso Maranhão e o nosso Brasil continuarão sendo governados por estas elites corruptas, que ainda pior entregam nosso país às multinacionais, ao capital Imperialista. Sem a organização popular não há meios de solucionar problemas deste tipo. Para priorizar a aplicação de recursos nos setores de interesse da população,  sem desvios de recursos é necessário a luta pela construção do Poder Popular. Dizemos ao povo trabalhador: não adianta esperar, ficar chorando pelos cantos é necessário arregaçarmos as mangas, nos organizar e construir o Poder Popular.

O trânsito caótico, característica própria de Imperatriz, é um dos piores do Maranhão. O ritmo é ditado pelo poder das VANS e de MOTOQUEIROS que decidem onde parar e fazer seus pontos. Será possível resolvê-lo apenas com a implantação de semáforos?  Existe intenção de disciplinar o setor?

O transporte público é essencial  no ambiente urbano. Além dos ônibus coletivos, táxis e mototáxis, vans completam a rede do transporte público.  É de responsabilidade do município estabelecer regras de boa convivência para que este sistema de transporte exista para atender o cidadão. Com certeza dialogando com todos os envolvidos e deixando claro que o foco é o transporte para que o imperatrizense tenha qualidade de vida, chegaremos a bom termo. Uma coisa é certa, em nenhum momento nossa gestão será omissa com relação ao interesse dos usuários do transporte público.
Quanto ao trânsito não tenham  dúvidas sobre o papel que nossa gestão desempenhará para humanizá-los e deixar de ser um risco de vida para o cidadão que nada nas vias públicas.  Além de tudo a fiscalização deve ser rigorosa para prevalecer o interesse coletivo.  

A calçada é pública, mas por determinação da Postura municipal, é o dono do imóvel seu responsável... quem, sem a devida fiscalização, muitas vezes, a constrói da maneira que lhe interessa. As poucas feitas dentro das normas são ocupadas por camelôs e comerciantes que insistem ter esse direito. A população é a grande prejudicada, em particular, os portadores de necessidades especiais e os idosos. Fica assim ou vai mudar?

 Em nosso entender, sem trabalhadores, crianças, jovens e idosos, não há cidade. Nada mais justo que sejam os pedestres os que devem ter a preferência no trânsito. Mais uma vez não é isto que observamos no dia a dia. Claramente, nos dias de hoje, as ruas de Imperatriz não foram preparadas para os pedestres.  A sinalização do trânsito só enxerga veículos. São raras as passagens e os pontos onde a preferência é de quem andam a pé. 
Esta inversão de valores é o que mais gera acidente de trânsito onde as vítimas principais são justamente os pedestres.
Nossa proposta é termos uma cidade com qualidade de vida. O ser humano estará acima de qualquer ânsia pelo lucro.  As vias públicas serão sinalizadas com clareza de que é o pedestre que terá  a preferência.  
Executaremos um plano onde as calçadas serão verdadeiramente apropriadas por todos que por aqui circulam a pé e em nenhuma hipótese será permitida obstrução das calçadas que impeça a livre circulação dos pedestres. Em especial,  crianças e idosos terão a cidade que lhes dará alegria de viver.  Encaminharemos à Câmara de Vereadores Projeto de Lei estabelecendo duras penalidades para quem faz uso particular das calçadas , como obstruindo com veículos ou sendo extensão do comércio. 

Até agora o número de escolas municipais é, aparentemente, suficiente para atender a demanda. O professor se queixa da falta de valorização e capacitação. Só o aumento de salário é o suficiente para que ele tenha estímulo para trabalhar? E hoje, com a crise pela qual passamos é crescente a migração de alunos de escolas particulares. É grande a pressão por vagas e melhoria na qualidade do ensino. Solução existe. A sua qual é?

A educação é a prioridade das prioridades. Não existe sociedade plenamente desenvolvida sem um eficiente sistema educacional onde todos possam acessá-la de forma pública e gratuita. Uma importante medida que tomaremos de imediato é a tarifa zero para os estudantes nos ônibus de transporte público.  A valorização dos professores, além da remuneração adequada e compatível com a função, inclui a melhoria das condições de trabalho, como espaços adequados, laboratórios de informática e formação continuada. O professor é e deve ser tratado pela sociedade e pela gestão pública como agente gerador e multiplicador do saber, o trabalhador que dissemina  a experiência produzida pela humanidade para as gerações que frequentam as salas de aula. 
Sem espaços adequados não teremos ensino de qualidade. Esta história de prédios particulares, adaptados para serem escolas deve ser banido completamente em nosso município. Temos que suar a camisa para construirmos escolas adequadas, preparadas para que os estudantes lá fiquem em tempo integral, em um espaço de convivência, onde além de assimilarem o conhecimento, também possam expressar sua visão de mundo através  da convivência, do esporte, das artes e acesso ao lazer.

Creches, escolas em tempo integral, merenda e transporte escolar, transporte urbano, construções sem obediência ao Código de Postura, desrespeito ao sossego público, praças abandonadas... e muitos outros problemas. Escolha um e fale sobre o que desejar.

Uma visão histórica sobre  a gestão de  Imperatriz nos leva à conclusão que os administradores só enxergam as elites. Não temos nada contra uma praça bem cuidada no Bairro Três Poderes, habitado majoritariamente por ricos empresários. Além de uma praça bem cuidada lá tem um posto da polícia que garante segurança 24 horas.  Julgamos que este método também deveria ser aplicado em todos os bairros. E aí já deparamos com outro problema. Na maioria dos bairros nem praça tem.  Um exemplo é bairro  Itamar Guará. O grande clamor deste bairro é que lá tenha um posto policial . Só apareceu uma viatura agora às vésperas das eleições. Apesar de um conjunto habitacional relativamente novo,  não ha praça para o lazer das crianças, jovens, trabalhadores e idosos.  Situação como esta é a mesma de quase todos os bairros populares de Imperatriz.  Isto não é questão de recursos, pois para o orçamento de uma cidade como Imperatriz é completamente viável definirmos o cronograma ao longo de uma década para que cada bairro tenham espaços de lazer, esportes e cultura para que a população possa ter qualidade de vida e tenha meios de desenvolver seu potencial criativo.
Nossa candidatura defende que os serviços públicos devem ser prestados diretamente pelo Estado. Isto é baseado em uma realidade onde são as famílias dos trabalhadores os principais usuários destes serviços. Esta onda privatizante deve ser combatida diuturnamente e a busca por uma sociedade com igualdade social é nosso objetivo.
Além do mais querem jogar o fardo da crise nas costas dos trabalhadores. Querem eliminar todos os direitos dos trabalhadores conquistador em séculos de muita luta. Aumentar a jornada de trabalho, reformar a previdência aumentando a idade de aposentadoria, cancelar o auxílio-doença,  querem acabar até mesmo com o direito a férias e 13º. Querem revogar de vez a CLT aprovando que a negociação prevalece ao que está definido em lei, quando o trabalhador não tem nenhuma forma em negociações diante o patronato. 
Aqui mesmo em Imperatriz o atual gestor encaminhou à Câmara de Vereadores um projeto de lei que pretendia que os comerciários trabalhassem sábados à tarde, domingos, feriados e dias santos.  Pretendia escravizar os comerciários e aumentar o lucro dos comerciantes.  Precisamos lutar contra isto.