A cidade cresceu desordenadamente, com o surgimento de bairros por invasões e loteamentos clandestinos e sem infraestrutura. O que será feito para acompanhar esse crescimento evitando os inúmeros problemas que acabam inviabilizando uma administração?

Carlinhos: Planejamento e desenho urbano

Executar ações para atuar nos principais problemas da cidade de Imperatriz: a regularização fundiária dos imóveis, a construção de moradias populares, esgotamento sanitário das residências, além da manutenção das infraestruturas de calçadas, praças e iluminação.
As iniciativas contarão com o financiamento do Fundo Municipal da Habitação. Também fará parte da estrutura o Conselho Municipal de Habitação, que reunirá representantes dos movimentos populares, da sociedade civil organizada, dos empresários da construção civil, do poder público municipal, estadual e federal, exercendo função consultiva, fiscalizadora e deliberativa.

Tem como ações programáticas:

- Propriedade do imóvel. Regularização fundiária e titulação de pequenas propriedades urbanas ocupadas por moradias e pequenos comércios, o que facilitará o acesso ao crédito e a consequente ampliação dos investimentos em construção civil, gerando emprego e renda.
- Construção de moradias populares. Ofertar moradias populares para a população de baixa renda ou em risco de habitação. O financiamento será do Fundo Municipal de Habitação, da Caixa Econômica Federal e do Banco Interamericano de Desenvolvimento-BID.
- Projeto Mutirão. Construção e reforma de moradias populares e redes de água e esgoto em regime de mutirão, através de parcerias com associações comunitárias e entidades de assistência técnica.

Programa Viver Melhor.

Visa atender aos bairros já consolidados de Imperatriz com projetos de infraestrutura adequada de urbanismo, lazer, esporte, praças, jardins, iluminação, vias e calçadas.

Tem como ações programáticas:

- Plano de urbanização. Visa atender aos bairros nas demandas de saneamento, praças, calçadas e áreas de lazer.

- Plano de conservação. Fazer manutenção, consertos e reparos em equipamentos e espaços públicos já existentes. Exemplos:
Intervenções com vistas a melhorar as condições de acessibilidade nas calçadas, pontos de ônibus e passeios públicos;
Criação do Programa Imperatriz Sempre Limpa, priorizando o planejamento integrado dos trabalhos de manutenção da cidade, como capinagem, limpeza de bueiros, poda de árvores, pintura de guias, sinalização, desratização e iluminação garantindo uma cidade limpa e bem cuidada;
Realização do ajardinamento e arborização dos espaços públicos e orientar sua adequada conservação;
Implantação de parques e praças na periferia, valorizando os bairros e a convivência local, dotando-os de segurança e descentralizando as práticas de cultura, esporte e lazer promovidas pela Prefeitura.

A urbanização é outra questão que vem se arrastando sem a devida atenção do poder público. A área comercial, por exemplo, foi ocupada pelos camelôs e até agora nenhum gestor ousou enfrentar o problema. Se já não bastassem os camelôs, o pedestre também é empurrado para o meio da rua devido à falta de padronização das calçadas. Há interesse em resolver esse problema? Quais as dificuldades?

Carlinhos: É fundamental que esse problema seja enfrentado com sensibilidade e comprometimento. É muito importante que a prefeitura crie as condições para que os trabalhadores do comércio informal regularizem a sua situação e disponham de um espaço adequado para o desenvolvimento de suas atividades. Tal iniciativa deve ser feita de maneira transparente e negociada, buscando contemplar os anseios da sociedade, mas sem prejudicar os pais de família que lutam pelo seu sustento.

Imperatriz, já com os seus 160 anos, ainda enfrenta o grave problema de saneamento até na sua parte central; riachos poluídos, exalando forte mau cheiro na cidade recebem esgoto sanitário jogado pela população e levado para o rio Tocantins, sem tratamento, trazendo sérios problemas para a saúde e meio ambiente. Qual o seu plano para erradicar o problema?

Carlinhos: Buscaremos recursos no governo federal para o enfrentamento desse problema. Um amplo projeto de revitalização dos riachos que cruzam nossa cidade será elaborado por técnicos que conheçam essa realidade e levaremos ao Ministério das Cidades para aprovação. Quanto à ausência de saneamento em muitas ruas de todos os bairros de Imperatriz, será, indubitavelmente, o grande desafio de nossa gestão. Utilizaremos recursos próprios, recursos de emendas parlamentares, recursos da União e do estado para sanear o máximo de ruas possível de nossos bairros. Creio que ao final de nosso governo estaremos comemorando um grande avanço nessa área diminuindo os transtornos e incômodos vivenciados pela população.

O trânsito de Imperatriz está caótico. Há uma saída?

Carlinhos: O número de veículos que trafegam em nossas ruas e avenidas tem aumentado consideravelmente a cada dia. Urge uma ação eficiente para desafogar o congestionamento, dando mais fluidez ao nosso trânsito. Além da contratação de um estudo a ser elaborado por um engenheiro de tráfego que norteará nossa administração para a adoção das medidas cabíveis relacionadas à definição de pontos de colocação de semáforos, definição de avenidas e ruas de mão dupla, mão e contramão, áreas de estacionamento e outras medidas cabíveis. Além disso, a abertura de novas vias ajudará em muito a desafogar o intenso trânsito de nossa cidade.

Na Educação, apesar dos investimentos, o ensino público ainda deixa a desejar. O que fazer para melhorar os índices? O professor se queixa da falta de valorização e capacitação. Só o aumento de salário é o suficiente para que ele tenha estímulo para trabalhar?

Carlinhos: Na área educacional, pretendemos centrar nossas ações em três pilares. Valorização dos professores e servidores da rede municipal de educação, reconhecendo todos os seus direitos previstos em legislação pertinente, disponibilizando também cursos de capacitação para o nosso professor; implantação da jornada de tempo integral no máximo de escolas; e na construção de mais prédios escolares, tendo em vista a crescente demanda anual. Com essas medidas, melhoraremos o nível educacional do município e, consequentemente, pontuaremos bem melhor no IDEB em levantamentos futuros.

A saúde sempre foi outro empecilho no caminho dos gestores públicos. Imperatriz não atende apenas os seus moradores (230 mil, segundo o IBGE), mas de toda a região sul do Maranhão, além do Tocantins e Pará. Embora tenha melhorado muito, nos últimos anos, qual a saída para tornar eficiente o funcionamento da saúde pública municipal de Imperatriz?  

Carlinhos: Temos que agir rapidamente para elevar o nível de atendimento nos postos de saúde. Há necessidade da presença de mais profissionais médicos, todos os dias, pela manhã e à tarde, em todas essas unidades de saúde, à disposição dos moradores de nossos bairros, não deixando também faltar medicamentos. Pretendemos descentralizar a marcação de exames, consultas e cirurgias, que atualmente são operadas no centro de saúde dos Três Poderes. Pelo nosso projeto, as unidades básicas de saúde terão autonomia para o agendamento desses procedimentos, evitando, assim, o deslocamento desnecessário e incômodo para a central. Além dessas medidas, implantaremos o programa Remédio em Casa, que consiste no recebimento por parte de hipertensos e diabéticos, devidamente cadastrados nos postos, de seu medicamento de uso contínuo em sua residência. Vamos também construir mais unidades básicas de saúde, ampliar as equipes de PSF e concentrar forças na busca de recursos para a construção do Hospital Municipal de Imperatriz.

Os pilares econômicos de Imperatriz são o comércio e a prestação de serviços. Mas começam a chegar grandes indústrias, como a Suzano, e parece que o atual Distrito Industrial não é capacitado para receber tais indústrias, ou mesmo de porte menor. Qual será a participação da administração municipal para resolver esse problema e como você analisa o desenvolvimento da cidade?

Carlinhos: O Brasil avançou muito nos últimos dez anos. Conquistamos a estabilidade econômica e democrática, nos tornamos a sexta maior economia do mundo, 40 milhões de pessoas saíram da miséria e o salário mínimo teve crescimento de 66% acima da inflação. Descobrimos imensas reservas de petróleo no Pré-Sal e conquistamos o direito de realizar a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos. Ajustamos nossa política econômica e reduzimos juros para criar mais empregos. Com a desoneração tributária, investimentos em infraestrutura e parcerias público-privadas, aceleramos o desenvolvimento. O Brasil mostrou que é possível governar com competência e com o coração, garantindo crescimento econômico e justiça social ao mesmo tempo.
Neste momento de relativa estabilidade econômica, alguns pensam que não existe debate a ser feito sobre os rumos da cidade. Pensamos exatamente o contrário: se o Brasil vai bem, Imperatriz deve aproveitar esse momento dinamizando a sua economia e ocupando outro espaço no cenário regional. Para este novo Brasil precisamos de uma Imperatriz estrategicamente reposicionada. Tenho convicção de que o melhor caminho é estabelecer um novo pacto de governança para o desenvolvimento, que dinamize os setores fortes da nossa economia e aposte em segmentos emergentes e inovadores, procurando atender às necessidades daqueles e daquelas que mais precisam da atuação do poder público.
Gastar melhor o que temos, combater o desperdício de recursos e a corrupção, aproveitar todos os recursos federais repassados para a cidade. É óbvio que temos como fazer melhor com o orçamento que já existe. Mas também é possível aumentar o orçamento, estimulando novos investimentos, pequenos e grandes. Mas é preciso uma Prefeitura empreendedora, com gestão eficiente e moderna dos gastos públicos. A parceria com o funcionalismo público municipal, a indicação prioritária de técnicos no secretariado, a diminuição de cargos de comissão, a utilização racional da propaganda, a fixação de prazos e metas para os secretários, a reestruturação da infraestrutura do poder público são pilares estruturantes de nossa visão de cidade. É preciso que o crescimento resulte em desenvolvimento, com distribuição de renda e melhoria na qualidade de vida das pessoas.

Em ordem de importância, quais as prioridades da sua administração? Justifique-as.

Carlinhos: Uma cidade deve ser pensada de maneira estrutural. Todos os setores são importantes para que a cidade seja um lugar saudável pra se viver. Não se pode negar, contudo, que os investimentos em saúde, educação e infraestrutura são as bases a partir das quais se pode organizar um espaço público harmonioso e que atenda aos interesses coletivos. Nosso programa de governo é estruturado de forma a atender a esse objetivo. São cinco pilares estruturantes: cuidar das pessoas (Saúde mais Ágil, Eficiente e Humana; Educação Plena: da Creche à Universidade; Valorização, Ampliação e Universalização da Cultura; Democratização do Acesso ao Esporte; Inclusão e Desenvolvimento Social; Construção da Igualdade Política e Social das Mulheres; Nossa Juventude Com Mais Oportunidades; Defesa da Terceira Idade; Promoção da Igualdade Racial; Vida Ativa Para as Pessoas com Deficiência; e Segurança Pública e Justiça Social); crescer com qualidade de vida (englobará as seguintes temáticas: Planejamento e Desenho Urbano; Melhor Mobilidade, menos Tráfego; Reforma Urbana e Habitação; e Defesa do Meio Ambiente, Saneamento e Recursos Hídricos.); desenvolver com inclusão social (as seguintes temáticas: Emprego, Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia; e Agricultura e Turismo Rural); gestão eficaz e transparente (eixo englobará as seguintes temáticas: Administração Pública, Gestão e Finanças; e Participação Social e Gestão Transparente); integração regional.

Por que você é candidato a Prefeito de Imperatriz?

Carlinhos: Sou candidato porque será como gestor de minha cidade que terei a grande oportunidade de executar as obras, os programas e serviços que nossa população anseia. Conheço Imperatriz de ponta a ponta, seus problemas, tenho experiência e me julgo preparado para exercer essa nobre missão. Cultivo pela minha terra um sentimento de apreço muito forte e estarei me dedicando todos os dias dos próximos quatro anos na busca de soluções de velhos problemas que se acumularam ao longo de anos, ao lado de homens e mulheres de bem e competentes que nos auxiliarão na execução de nosso projeto de governo. Quero ter a oportunidade de ser prefeito, como tantos outros já tiveram, para que ao final de nossa administração as pessoas possam dizer que valeu a pena ter feito uma renovação de gestão.

Quais os políticos mais importantes que estão lhe emprestando apoio e quais os vínculos dos mesmos com Imperatriz ou a Região Tocantina?

Carlinhos: Sou candidato de uma coalização de forças que apoia a presidente Dilma. O meu partido, o PDT, comanda atualmente o Ministério do Trabalho, por meio de Brizola Neto. O PCdoB comanda o Ministério dos Esportes, através de Aldo Rabelo. No Maranhão, somos da base de oposição ao grupo Sarney, que tem Flávio Dino como grande liderança. Estes e muitos outros são políticos que conhecem, respeitam e reconhecem a importância de Imperatriz como cidade polo de desenvolvimento regional e nos ajudarão muito a dispor dos recursos necessários à melhoria da qualidade de vida em nossa cidade.

Perfil: Advogado, natural da cidade de Imperatriz, filho de Carlos Gomes de Amorim (médico e ex-prefeito de Imperatriz, de 1977 a 1982) e Inês Lemos de Amorim. É casado com Sílvia Cristina de Araújo Amorim e tem três filhos. Vereador de Imperatriz por três mandatos consecutivos (1989-1992 / 1993-1996 / 1997-2000). Na vida pública, também foi candidato a prefeito de Imperatriz, em 2004, secretário de Estado de Minas e Energia, de 2005 a 2006, secretário Municipal de Governo em Imperatriz, de 2009 a 04/2010. No Legislativo, foi eleito suplente de deputado nas eleições de 2006, sendo efetivado como deputado estadual. Foi reeleito deputado estadual em outubro de 2010, pelo PDT, para exercer mandato na 17ª legislatura, de 01/02/2011 a 31/01/2014. Líder do PDT na Assembleia Legislativa e candidato a prefeito de Imperatriz-MA, pela Coligação "Imperatriz é de Todos Nós".