Em Tribuna Popular na manhã de ontem, foram recebidas as representantes de profissionais de Enfermagem que informaram estar já 12 dias fazendo vigília em frente à Superintendência do Sul do Maranhão e sem uma posição concreta. Foram até a presidência da Câmara buscar ajuda, ou uma forma de os vereadores intercederem por elas junto ao Governo do Estado no que tange a salários atrasados e rescisões.
"O prazo expirou e estamos passando por sol e chuva em busca dos nossos pagamentos. A UTI fechou (20 leitos na Unimed) em setembro, e os funcionários foram todos demitidos. Cinco meses sem receber salários, sem rescisões e desempregadas, pois não temos como ser contratadas por outra empresa. Estamos passando necessidades", disse uma das representantes.
E continuou: "Não estamos aqui para entender o porquê do pagamento não sair, nem como ele vai ser feito, as justificativas não nos servem mais, estamos cansados de ouvir respostas, argumentos, desculpas. É só o que temos recebido, mas nenhuma solução". As enfermeiras entendem que a empresa é terceirizada, que o Estado só paga com as certidões em dia, mas para elas já expirou o tempo de explicações, elas querem apenas receber.
"Esperamos que haja sensibilidade do governo, pois passamos natal e ano novo sem poder ter alegrias dentro de casa. Tem gente que não sabe nem o que vai comer amanhã. Outras devendo casa, carro, aluguel, supermercado. Que saiam do discurso e cumpram com seus compromissos", finalizou a representante.
Carlos Hermes parabenizou as enfermeiras pela coragem e que o gesto é de cidadania, querem apenas receber o que é delas de direito: "Estamos buscando a solução mais rápida possível para esta situação. O estado não tem culpa pela empresa não ter as certidões. Se fizer o pagamento (R$ 7 milhões), terá que responder. Mas isso não importa mais, pois vocês têm que receber. A empresa regularizou esta semana sua situação e até o final desse mês (dia 31) o repasse será feito, foi a informação que obtive junto ao Estado", disse.
Fabio Hernandez informou que se realmente o Estado quiser pagar, basta fazer isso em juízo de forma consignada através da justiça: "Não podem ser contratadas, não podem receber o seguro desemprego, nem receber os pagamentos devidos. A resposta deve ser dada HOJE, pois as pessoas estão passando necessidade".
O presidente José Carlos declarou que "Graças a Deus que temos um governo popular: eles nos ouvem, nos escutam, interagem e dão solução. Já temos um norte, seremos ouvidos e a solução será dada". Ao fim da sessão, todos os vereadores assinaram e deram entrada em uma indicação e pedido ao governador Flávio Dino: Para que seja feito o pagamento de imediato dos servidores de saúde que tiveram seus contratos rescindidos pela empresa STI, bem como o retorno dos 20 leitos na Unimed de Imperatriz. (Sidney Rodrigues - ASSIMP)
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