A Prefeitura de Imperatriz continua em busca de alternativas que possam melhorar o sistema de saúde do município. Na manhã de ontem (5), o prefeito Sebastião Madeira participou de reunião com o secretário de Estado, Ricardo Murad, para tratar do tema. Também participaram do evento a secretária Conceição Madeira, a promotora de Justiça Nahyma Ribeiro, o deputado federal Chiquinho Escórcio e os deputados estaduais Antônio de Pádua (dr. Pádua), Léo Cunha, Carlos Amorim e Valéria Macedo, além de prefeitos e secretários de diversos municípios da região. A reunião aconteceu no auditório da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), tendo início pontualmente às 9h.
O evento foi aberto pela presidente da Associação dos Municípios da Região Tocantina, Vete Botelho, e pela secretária (anfitriã) de saúde do município, Conceição Madeira. Na fala das duas, os agradecimentos pela disponibilidade do secretário Murad e sua equipe terem vindo a Imperatriz para discutir os problemas da saúde da região.
O prefeito Sebastião Madeira voltou a defender a necessidade de se encontrar uma solução para o problema da saúde. Segundo ele, Imperatriz vem pagando a conta do atendimento prestado a mais de 60 municípios. Além disso, as cidades escolhidas como polos de média complexidade e que devem atender aos municípios de suas microrregiões ainda não possuem estrutura suficiente para suprir a demanda.
“Nos 42 municípios [que Imperatriz deve atender] há mais quatro polos de média complexidade: Porto Franco, Balsas, Grajaú e Açailândia. Cada um desses polos deve atender sua microrregião. O que de fato acontece é que as pessoas vêm [para estes polos], não são atendidas e são encaminhadas para Imperatriz. Nós não recebemos recursos para isso, mas somos obrigados a atender”, explicou.
O secretário Ricardo Murad afirmou que a solução não passa, exclusivamente, pela falta de dinheiro. Para ele, alguns dos municípios que deveriam oferecer atendimento às microrregiões não possuem a estrutura mínima para isso e, por essa razão, encaminham seus pacientes a Imperatriz. Segundo ele, a obrigação do desenvolvimento desta estrutura é dos municípios, contando, apenas, com o apoio do Governo do Estado e do Ministério da Saúde.
Para a deputada Valéria Macedo há, inicialmente, a necessidade de se fazer o levantamento para saber, de fato, quais municípios podem servir como polos para microrregiões e somente depois avaliar os investimentos necessários. Ela, no entanto, acha indispensável o investimento estadual.
“Nós temos que discutir a contrapartida do estado, pois sabemos das dificuldades de se manter o serviço mesmo [contando] com o recurso federal. Temos que sensibilizar o estado sobre essa questão, mas, primeiro, temos que saber o que cada município pode fazer e os que não puderem fazer [o esperado] devem passar seus recursos para os que podem e, assim, formam-se as regiões. Mas é indispensável a contrapartida estadual”, garantiu deputada.