A deputada Eliziane Gama (Rede-MA) informou na tarde dessa quinta-feira (22) que entrará com uma representação na Procuradoria-Geral da República para que a empresa norte-americana Kroll faça o ressarcimento do valor pago pela CPI.
De acordo com a deputada, a comissão gastou R$ 1,1 milhão para contratar a Kroll, porém recebeu dela apenas “recortes de jornais” e um trabalho que mereceu apenas menção de duas páginas no relatório final. A empresa de consultoria foi contratada para identificar contas suspeitas e repasses ilegais ao exterior investigados na Operação Lava Jato.
“Estamos entrando com uma representação na Procuradoria-Geral da República para pedir o ressarcimento desse valor, porque não podemos admitir que o dinheiro do poder público seja gasto da forma como foi”, disse.
E completou: “A própria Kroll chegou a suspender esse contrato, sabe-se lá por quais razões. Eu, pelo menos, não fiquei nenhum um pouco convencida das razões que foram apresentadas para a suspensão”.
Relatório final - Na avaliação da deputada maranhense, o relatório final da CPI não reflete o tamanho do escândalo de corrupção da Petrobras. Ela acredita que houve blindagem a políticos na comissão.
“Nós tivemos um relatório pífio e incompatível, um relatório que nos leva, infelizmente, àquilo que está no inconsciente popular: toda CPI acaba em pizza. Deixamos, por exemplo, de ouvir o Paulo Okamoto, o Palocci. Quando passamos a ter elementos, como as famosas contas na Suíça, a CPI para. Ou seja, a CPI não cumpriu o seu o papel”, lamentou.
Eliziane cumprimentou o trabalho feito pelos sub-relatores, que na sua avaliação diminuíram os impactos no relatório final, mas criticou o relator da CPI por não ter feito os indiciamentos e as recomendações necessárias.
“Quero deixar aqui registrado o meu descontentamento e a minha frustração por todo o trabalho que foi feito. Nós poderíamos ter tido um relatório conclusivo. Fica o meu protesto contra esse relatório na CPI da Petrobras”, concluiu.
Comentários