O PPS se posicionou contra o plano de trabalho inicial proposto pelo relator da CPI da Petrobras, Luiz Sérgio (PT-RJ), que propôs uma lista de convocações priorizando a oitiva de pessoas ligadas ao escândalo da operação Lava Jato que já tinham sido ouvidas na comissão parlamentar mista de inquérito que encerrou os trabalhos no fim do ano passado.

Eliziane Gama não concordou com o roteiro de trabalho porque, segundo ela, fixaria uma ordem de convocação que derrubaria a ordem cronológica de entrega dos requerimentos na secretaria da Comissão.
O relator havia proposto que os primeiros a serem ouvidos deveriam ser os ex-presidentes da Petrobras Sérgio Gabrielli e Graça Foster, a diretora da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Magda Chambriard, e o doleiro Alberto Youssef. Por pressão dos colegas, o petista acabou invertendo a ordem e sugeriu que a oitiva do ex-gerente de Engenharia da Petrobras, Pedro Barusco, fosse a primeira a ocorrer.
“As pessoas que estão nesta ordem apresentada pelo relator já vieram aqui, já falaram, já mentiram. Parece que não se quer investigar. Não custa nada pegarmos as oitivas da CPI passada e respaldar para esta nova comissão. Temos interesse em fazer investigação séria, mas temos de começar, a partir de onde terminou a outra CPI. Senão vamos caminhar para trás. Daqui a pouco estamos sendo rotulados de que esta CPI é uma ‘vale a pena ver de novo’”, criticou.
O PPS acredita que a oitiva de Barusco é uma das prioridades da CPI. Também defendeu a ida do ex-diretor da Área de Serviços da Petrobras, Renato Duque.
A CPI também aprovou requerimento de Eliziane que solicita ao Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, o compartilhamento dos pedidos de investigações relacionados à Lava Jato, enviadas nesta semana ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Vaccari - Eliziane Gama propôs durante a sessão da CPI a quebra de sigilo bancário de Giselda Rousie de Lima, mulher do atual tesoureiro do PT, José Vaccari Neto.
Segundo a Folha de S.Paulo, autoridades que conduzem a operação Lava Jato investigam se duas operações de recebimento e envio de R$ 400 mil em 2008 e 2009 com o uso de uma conta da mulher de Vaccari tiveram ligação com o suposto pagamento de propina pela Toshiba em negócios com a Petrobras.
“O acesso a este dado é fundamental para que investiguemos a suposta impressão digital de dirigentes partidários com o esquema da Lava Jato”, justificou a deputada. (Assessoria)