Domingos Cezar

O projeto de indicação Nº 413/2012, de autoria do vereador Rildo Amaral (PDT), solicitando do prefeito Sebastião Madeira - via prefeitura - a doação de 25 passagens aéreas para o time júnior do JV Lideral foi motivo de acirrado debate no plenário da Câmara Municipal, na sessão dessa quarta-feira (28).
No bojo do projeto, Rildo Amaral, que é desportista, justificava que o clube esportivo vai representar o município de Imperatriz na tradicional Copa São Paulo de Futebol Júnior, organizada pela Federação Paulista de Futebol, cujo certame já se encontra em sua 44ª edição e já revelou muitos craques do futebol.
Primeiro a se manifestar foi o vereador Raimundo Roma (PSL), que sugeriu que o dinheiro referente a essas passagens deveria ser investido no futebol amador da cidade, ou mesmo no time do Imperatriz, o Cavalo de Aço, que segundo ele encontra-se com dificuldade financeira. Lembrou, ainda, que JV Lideral é uma grande empresa privada.
O líder do governo na Câmara, Joel Gomes Costa (PMN), alegou que o município não dispõe de recursos nesse sentido, salientando, entretanto, que o vereador Rildo Amaral está fazendo sua obrigação de legislador, em apresentar o projeto em defesa do JV e, consequentemente, do esporte local.
Por sua vez, o vereador José Carneiro dos Santos, o Buzuca (PSDB), disse ser favorável à doação das passagens, uma vez que o time vai representar o município em tão importante evento esportivo. "Na minha opinião, o JV Lideral vai divulgar o nome de Imperatriz naquela importante copa de futebol". Defendendo seu projeto, Rildo Amaral esclareceu a seus pares que o time de futebol JV Lideral, tanto a equipe júnior quanto a principal, é um clube de futebol, cujo principal patrocinador é a empresa JV Lideral. "Uma coisa não tem nada a ver com a outra", disparou Rildo Amaral.
Joel Gomes sugeriu, então, a retirada provisória do projeto e realizar uma audiência com o prefeito Sebastião Madeira para tratar do assunto, bem como da ajuda financeira ao time do Imperatriz, o Cavalo de Aço. O vereador Pastor Luis Gonçalves (PDT) lembrou que tratava apenas de um projeto de indicação. "Nós aprovamos e o prefeito toma sua decisão", sugeriu.
Rildo Amaral defendeu que o projeto fosse colocado em votação naquela sessão e sua aprovação, ou não, ficaria a cargo dos vereadores. Todos foram convencidos. O presidente em exercício, vereador Alberto Sousa (PP), colocou em votação e o projeto, estranhamente, foi aprovado por unanimidade.