A presidenta Dilma Rousseff fez ontem (8) um apelo ao diálogo, à tolerância e à unidade do país e disse que os governos precisam de “paz” para ter condições de enfrentar a crise e retomar o crescimento.
“A tolerância e a pacificação em uma sociedade é algo muito importante. Não haver violência, sob a forma que ela eventualmente possa assumir, mas ter um quadro de paz é fundamental, principalmente para os governos. Governos precisam de paz para que possamos ter condições de enfrentar a crise e de retomar o crescimento. Hoje o Brasil passa por uma fase em que fica claro que não é possível não ver que um dos componentes que atrasam a retomada do crescimento é a sistemática crise política a que o Brasil, de forma episódica, vem sendo submetido. Episódica, porque vai e vem, se acentua e depois recua”, afirmou.
“Neste dia de luta contra o preconceito e de luta contra intolerância, nada melhor do que um apelo ao diálogo, à compreensão e à unidade do nosso país”, acrescentou Dilma, em alusão ao Dia Internacional da Mulher.
A presidenta discursou durante cerimônia de assinatura de portaria interministerial que institui as diretrizes para implementação da lei que dispõe sobre cirurgias reparadoras de sequelas causadas por atos de violência contra a mulher pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Economia
Para Dilma, a economia brasileira mostra sinais de recuperação. “Um desses sinais é a redução da inflação, o que beneficia todo mundo. Temos uma perspectiva de inflação cada vez menor. Já vimos que podemos, porque temos hoje um câmbio que facilita a ampliação das exportações. E, tradicionalmente, o Brasil sempre se recuperou através de um processo de ampliação das exportações, mas nós precisamos recuperar o nosso mercado interno”, afirmou.
O apelo de Dilma ao diálogo ocorre um dia depois de a presidenta acusar a oposição de dividir o país e aprofundar a crise política.
Uma parte desse momento de dificuldades é devida à sistemática crise política que provocam no país aqueles inconformados que perderam as eleições e querem antecipar a eleição [presidencial] de 2018. A oposição tem o absoluto direito de divergir, mas não pode ficar sistematicamente dividindo o país. Não pode, porque tem certo tipo de luta política que cria um problema sistemático não só para a política, mas também para a economia, para a criação de empregos, para o crescimento das empresas”, afirmou a presidenta. (Agência Brasil)
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