Repórteres fotográficos, cinematográficos e jornalistas fazem minuto de silêncio na Candelária em homenagem ao cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Andrade

A presidenta Dilma Rousseff disse ontem (10) que a morte do cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Ilídio Andrade “revolta e entristece”, e determinou que a Polícia Federal apoie as investigações para “aplicação da punição cabível” aos responsáveis pelo ferimento do jornalista.
Santiago foi atingido por um rojão durante manifestação na última quinta-feira (6),  no Rio de Janeiro, e teve morte cerebral confirmada no início da tarde de ontem.
É inadmissível “protestos democráticos serem desvirtuados por quem não tem respeito por vidas humanas”, afirmou a presidenta.
“A liberdade de manifestação é um princípio fundamental da democracia e jamais pode ser usada para matar, ferir, agredir e ameaçar vidas humanas, nem depredar patrimônio público ou privado”, ressaltou Dilma, em sua conta no Twitter.
BARBÁRIE - O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse que a morte do cinegrafista da TV Bandeirantes, Santiago Ilídio Andrade, demonstra que a violência é o pior dos caminhos. “É o caminho da dor, da destruição, da barbárie”, disse o ministro. Ele também revelou que representantes do governo foram enviados às 12 cidades-sede da Copa do Mundo para dialogar com os moradores atingidos com as obras e com os manifestantes.
Carvalho acredita que os protestos como exercício da democracia devem continuar ocorrendo, mas sem violência “nem do lado policial e nem do lado dos manifestantes”. “Nós esperamos que, junto com a festa da Copa, manifestações maduras, pacíficas, mas sem este cunho triste que nos faz hoje nos sentirmos tão abalados com a morte de mais um ser humano que estava ali cumprindo o seu dever de trabalho”.