Brasília-DF - O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, garantiu que o desconto de 20% na conta de luz começará a ser aplicado em fevereiro. Ele disse que, embora a produção de energia térmica seja mais cara do que a hidrelétrica, não haverá redução do percentual de desconto. As usinas termelétricas foram atividades para cobrir a produção menor das hidrelétricas, em função da falta de chuva.
O ministro deu entrevista, logo após o encerramento de reunião do Conselho de Monitoramento do Sistema Elétrico, ontem (9), em Brasília. Ele informou que o Brasil tem energia suficiente para cobrir as necessidades do país. “Não há, não houve, e espero que não haja, no futuro, o desabastecimento”, disse. Edison Lobão espera que os níveis de água dos reservatórios das hidrelétricas voltem ao normal a curto prazo, porque voltou a chover em várias partes do país.
GAS - Edison Lobão disse que não há risco de desabastecimento de gás para a indústria, por causa da decisão de manter as usinas térmicas em funcionamento em 2013. Com a escassez de chuvas, os reservatórios que alimentam as usinas hidrelétricas estão em baixa e o governo está recorrendo às termoelétricas. Setores da indústria expressaram preocupação com a baixa da oferta de gás por causa desse uso.
Segundo o ministro, o Brasil conta com 90 milhões de metros cúbicos de gás, dos quais 45 milhões são produzidos internamente, 30 milhões vêm da Bolívia e 15 milhões são gás natural liquefeito. “Não há a menor possibilidade. Não haverá desabastecimento para a indústria por causa das térmicas a gás que tiveram que ser despachadas”, disse Lobão.
De acordo com o ministro, na reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, os participantes fizeram avaliação de rotina da capacidade do sistema elétrico. Ele negou que o objetivo do encontro tenha sido a discussão de uma possível crise no abastecimento de energia. Conforme dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico, por causa da falta de chuvas, os reservatórios no Sudeste estão com 37% da capacidade, enquanto no Nordeste, essa porcentagem chega a 34% e no Norte e Sul, 41%. (Agência Brasil)
Publicado em Política na Edição Nº 14600
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