O diretor da Equatorial Energia, José Jorge Leite Soares, conversa com os deputados durante a reunião - Elias Auê / Agência Assembleia

A Comissão de Assuntos Municipais e Desenvolvimento Regional da Assembleia Legislativa ouviu explicações de dirigentes da Equatorial Energia (ex-Cemar), nesta quarta-feira (5), sobre o episódio da morte de uma idosa de 92 anos, em Imperatriz, após ela não poder realizar o procedimento de inalação, em virtude do fornecimento de energia elétrica de sua casa ter sido interrompido pela companhia energética.

A idosa, que estava doente e fazia tratamento por inalação em casa, faleceu na terça-feira (4), causando grande comoção popular. O corte da energia elétrica de sua casa foi motivado por falta de pagamento da conta. 
O pedido para ouvir os dirigentes foi feito pelo presidente da Comissão, deputado Dr. Yglésio. Participaram da reunião os deputados Vinícius Louro (PL), Professor Marco Aurélio (PCdoB), Carlos Florêncio (PCdoB) e Hélio Soares (PL).
Yglésio lembrou que um parente da idosa divulgou um vídeo comovente nas redes sociais onde apelava para que o funcionário não cortasse a energia da residência. No vídeo, o rapaz enfatiza que a idosa precisava de cuidados médicos e que a conta seria paga no dia seguinte. No entanto, as explicações foram em vão.
Da reunião, participaram o diretor de relações institucionais da Equatorial Energia, José Jorge Soares, e o diretor de Comunicação de Marketing, Luís Carlos Cardoso, aos quais o deputado Vinícius Louro relatou casos em que a empresa cortou energia de hospitais públicos, mesmo havendo uma lei que proíbe.
Marco Aurélio, que também é de Imperatriz, considerou que o episódio extrapolou o bom senso, uma vez que a energia, naquele caso específico, era indispensável para a sobrevivência da moradora.
Carlinhos Florêncio e Hélio Soares lamentaram a morte e disserem que o caso deve servir de exemplo. Sugeriram à Equatorial Energia que invista na reciclagem de recursos humanos.
O diretor da empresa, José Jorge Leite Soares, agradeceu o convite e lamentou o corrido. Ele garantiu que o caso está sendo investigado e que também ficou “estarrecido”, prometendo ficar à disposição da Assembleia.
Aos diretores, o deputado Dr. Yglésio informou que pedirá urgência na apreciação de um projeto dele que determina o uso, pela empresa, de máquinas de pagamento nas sextas-feiras. (Waldemar TER / Agência Assembleia)