O deputado Weverton Rocha (PDT) usou a tribuna (segunda, 27) da Câmara Federal para denunciar o momento difícil por que passam produtores rurais e agricultores do município de Amarante, no Maranhão, por conta de ampliações de áreas indígenas.
Durante o pronunciamento, o deputado Weverton, que tem acompanhado a causa de perto, externou a preocupação de mais de 20 mil moradores e trabalhadores do município que temem pela retirada de suas terras, pela interrupção de investimentos e pelo forte impacto no comércio da região. Segundo o parlamentar, atualmente, 50% do município de Amarante é reserva indígena e uma nova ampliação está em estudo pela Funai.
“Em 1946, foram homologados 13.000 hectares de terras para reserva indígena. Em 1977, a reserva foi ampliada para 41.000 hectares, e agora a Funai quer ampliar para 163 mil hectares. Se esse novo processo de ampliação passar, 76% do município atingido vai virar reserva e os 24 que irão sobrar no mapa da Funai, serão três pedaços diferentes, com 100 km de diferença de um para outro. Ou seja, acaba a cidade do Amarante”, enfatizou o deputado.
Preocupado com a situação, que pode gerar um grande conflito na região, o deputado mencionou a hipótese de se instalar uma CPI. “São pequenos trabalhadores que apenas trabalham para sobreviver e manter com dignidade a sua família. Assinei e vou assinar de novo pedindo uma CPI da FUNAI, porque é preciso descobrir, de verdade, que interesse internacional é esse com essas ONGs”, ponderou.
Ainda com uso da palavra, o deputado lembrou do conflito fundiário em São João do Carú e fez um apelo à equipe da FUNAI. “Mandem arquivar esse atentado contra o povo brasileiro e contra a cidade do Amarante no Maranhão”, finalizou o parlamentar.