O deputado Raimundo Cutrim (PCdoB) defendeu, na sessão dessa terça-feira (03), a contratação imediata de mais agentes penitenciários. “A história da penitenciária é muito difícil, sempre há superlotação de presos. Hoje, temos quase sete mil presos e um número de, aproximadamente, 480 agentes penitenciários, é muito pouco”, afirmou o deputado. Ele conclamou aos deputados – principalmente, os da base do governo –para que possam melhorar a situação de trabalho e situação financeira dos agentes penitenciários.
Raimundo Cutrim também defendeu a realização de concurso público para que possa aumentar o quadro de pessoal, bem como a construção de mais penitenciárias, principalmente, nas regionais. “Nós temos que trabalhar para que a gente possa ajudar o governo naquilo que é possível; dar a parcela de contribuição da Assembleia Legislativa, para que os agentes penitenciários possam desenvolver o seu trabalho de melhor forma”.
Dificuldades - Ele lembrou que no ano de 1988 - quando assumiu a Secretaria de Estado da Segurança Pública - a situação era difícil: existiam apenas 150 agentes e estes não tinham, sequer, um local adequado para ficarem.
“Naquela época, só existiam 150 agentes penitenciários e, somente depois de muito trabalho - quando o Carlos Nina estava assumindo - nós conseguimos fazer o estatuto daquela categoria”, afirmou Raimundo Cutrim, frisando ainda que foi na gestão do deputado Manoel Ribeiro, então presidente da Assembleia Legislativa, que os agentes conseguiram um aumento salarial, ficando equiparado ao salário dos policiais civis.
Ainda de acordo com o deputado, quando ele assumiu a secretaria, os presos - quando adoeciam - ficavam amarrados em uma corrente porque não tinha uma enfermaria. Mas a sua pasta tomou providência e ali foram construídas uma enfermaria e um gabinete dentário, além da reconstrução da Penitenciária Agrícola de Pedrinhas. Foi na sua gestão que também foi iniciada a construção do presídio feminino da cidade de Imperatriz, cujas obras, de acordo com informações do deputado, até agora não foram concluídas.
Construções - Raimundo Cutrim enfatizou que, durante a sua gestão, idealizou a construção de 18 pequenas penitenciárias no Estado, para abrigar no máximo, 220 presos. Mas, conseguiu construir apenas a de Timon e a de Pedreiras.
Ele também lembrou que o problema se agravou em 2008, no governo Jackson Lago, quando os presos foram retirados das delegacias e levados para a penitenciária de Pedrinhas. Com isso, os problemas de superlotação se agravaram, pois a penitenciária não tinha condições de recebê-los. “Desde essa época que os problemas vêm se avolumando, porque as delegacias realmente, não são para colocar preso, mas, no Brasil todo e no mundo todo, toda delegacia tem seu xadrez”, acentuou Raimundo Cutrim.
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