Carolina - Nessa semana, o deputado Léo Cunha (PSC), presidente da Comissão de Meio Ambiente na Assembleia Legislativa, recebeu uma grave denúncia feita pela Associação de Atingidos pela Barragem de Estreito – AABE, relatando a ocorrência de pesca predatória que estaria ocorrendo na cidade de Carolina, na área atingida pelo lago da barragem da UHE - Estreito.
Segundo a denúncia, a prática relatada põe em risco a sobrevivência de várias espécies de peixes raras da região, entre as quais o filhote, caranha e o jaú. O uso de malhas de redes proibidas pela Lei Ambiental, a fim de aumentar a quantidade de pescado, acaba tirando do rio peixes que ainda estão em estado de crescimento, que são comercializados, inclusive fora do estado.
Especialistas alertam para o risco de que, caso a situação continue, dentro de 10 a 15 anos o peixe fique escasso, e inclusive que algumas espécies desapareçam do lago.
“É uma situação muito grave da qual tomei conhecimento através dessa denúncia e que levarei à tribuna para poder tomar as providências cabíveis, primeiro buscando todas as informações e depois cobrando que os órgãos competentes adotem medidas para coibir que esse crime ambiental continue a ocorrer”, disse Léo Cunha.
O requerimento enviado ao parlamentar foi elaborado por várias entidades representantes da sociedade civil e enviado pela AABE. Além do documento, o ambientalista, Luiz de Sales Neto, informou que passará outras fontes que comprovarão o que foi relatado na denúncia.
“Nos próximos dias enviarei ainda ao deputado Léo Cunha um relatório onde constam fotos e filmagens onde tudo que estamos afirmando poderá ser claramente percebido”, afirmou Sales.
Desperdício de pescados
Outra situação igualmente preocupante em Carolina é quanto à grande quantidade de peixes que é desperdiçada. Segundo informações, somente ano passado cerca de 3 mil quilos de peixes foram jogados fora. Durante uma reunião entre vereadores da cidade e pescadores, levantou-se a polêmica quanto à quantidade de pescadores profissionais que atualmente estão cadastrados da colônia daquele município, Z – 107.
A colônia possui um total de 90 profissionais habilitados para exercer a pesca, enquanto outros 57 aguardam a liberação de documentos, parte desse número é de composta de pessoas oriundas de cidade do estado vizinho, Pará. Segundo alguns vereadores, esse número é muito grande, o que, segundo eles, é um dos motivos para esse desperdício que está ocorrendo. Situação que aliada à pesca predatória torna o problema ainda mais grave. (Assessoria)
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