Deoclides Macedo, o diretor da ANA, Ney Maranhão, e coordenadores

O deputado federal Deoclides Macedo, preocupado com a grande seca que assola o rio Tocantins, esteve na tarde de terça-feira (08), na Agência Nacional de Águas - ANA - em reunião com o diretor da Área de Hidrologia, Ney Maranhão, com o coordenador de Eventos Críticos, Vinícius Roman, com o coordenador de Acompanhamento de Reservatórios e Sistemas Hídricos, Augusto Antônio Borges de Lima, e com o assessor parlamentar do órgão Fredejan Pereira para solicitar junto ao órgão providências para que as hidrelétricas de Serra da Mesa, Lajeado, Estreito e Tucuruí liberem parte das águas represadas, o que ajudará a manter o rio vivo e atenderá às necessidades mínimas de sobrevivência da população ribeirinha dos municípios de Estreito, Porto Franco, Campestre do Maranhão, Ribamar Fiquene, Ribeirãozinho e Imperatriz, sem prejudicar a produção de energia que abastece a região.

O déficit hídrico na bacia do rio Tocantins vem se agravando desde 2015, ocasionado pela falta de chuva na região. A escassez já atinge o abastecimento de água em Imperatriz, segunda maior cidade do Maranhão, e a economia local. Muitos ribeirinhos dependem da pesca para geração de renda.
A verdade é que, além da falta de chuva, existem outros fatores que contribuem para esta triste realidade como, por exemplo, o assoreamento, desmatamento e as hidrelétricas construídas na calha do Tocantins. Segundo pescadores locais, desde que as usinas entraram em funcionamento, a vazão do rio foi alterada para gerar mais energia.
De acordo com a ANA, as hidrelétricas localizadas no rio também estão prejudicadas com a seca. "A falta de chuva tem reduzido a capacidade de armazenamento de água, o que impossibilita o atendimento às restrições operativas dos reservatórios das hidrelétricas, pois pode ocorrer uma perda ainda maior dos estoques de água existentes prejudicando, assim, o abastecimento humano e irrigação", explicou Augusto Antônio.
Para Deoclides Macedo, é necessária uma força tarefa para mudar essa situação em que se encontra o rio e quem depende dele para sobreviver. "Nós do poder público não podemos cruzar os braços, precisamos urgente encontrar uma saída para enfrentar essa crise do rio Tocantins. Existem milhares de famílias que sobrevivem do rio", disse.
No dia 17 de agosto acontecerá, em Brasília, a primeira reunião do Comitê de Crise da Bacia do Rio Tocantins para acompanhamento sistemático dos eventuais impactos acarretados pela escassez hídrica em conjunto com os diferentes usuários da bacia. "Estarei presente nesta reunião, assim como acompanharei todas as ações desenvolvidas para solucionar este problema", afirmou Deoclides Macedo.