Hemerson Pinto

Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão, a deputada estadual Eliziane Gama (PPS) esteve em Imperatriz nesse sábado e falou com O PROGRESSO sobre o posicionamento da Assembleia diante da situação da penitenciária de Pedrinhas. A frequência com que acontecem assassinatos de presos, inclusive com decapitação, é assustador, diz a parlamentar.
“A Comissão de Direitos Humanos fez essa denúncia várias vezes, pedimos ação do Estado para que priorize o sistema prisional. A segurança pública de um estado acontece a partir de várias mecanismos, entre ele o fortalecimento da assistência social, mas tivemos uma redução de 12% na pasta da assistência social no Maranhão, redução de 8% na segurança, e na educação, do ponto de vista orçamentário. Pra gente combater a violência no Maranhão, vamos combater com trabalho estratégico, trabalho planejado”, declarou.
Segundo a deputada, o problema do sistema prisional do Maranhão não é novidade. “Novo é uma explosão dos problemas para fora. O Maranhão é recordista em rebeliões no sistema e infelizmente tem uma marca triste, de assassinar internos cortando a cabeça, o que não acontece em outros estados brasileiros. Pedimos atenção internacional para o Maranhão. O executivo tem papel fundamental nesse processo”, afirma.
Eliziane Gama defende que a responsabilidade não deve ficar apenas sobre o secretário de Segurança Pública, mas “a própria governadora precisa chamar pra si o processo e apresentar uma alternativa para mudar a situação catastrófica que tem se instalado no sistema de segurança do Maranhão”.
A deputada estadual participou em Imperatriz de um café da manhã com representantes de siglas partidárias na região e de um encontro com religiosos no Templo Central da Assembleia de Deus em Imperatriz.