Para Willian Marinho, debate foi o ponto principal da eleição em Edison Lobão

Numa iniciativa do Sindicato dos empregados em estabelecimentos da educação do município de Edison Lobão, o debate entre os candidatos a prefeito realizado sexta-feira, na Câmara de Vereadores, atraiu a atenção de centenas de pessoas que lotaram a galeria da edilidade e assistiram no pátio em um telão todas as discussões e apresentação de propostas de quatro dos seis candidatos que atenderam ao convite formulado pelo sindicato. Conclave reuniu os candidatos Ney Bandeira, Cardoso, Dorgival e Willian Marinho.
Durante mais de duas horas, os candidatos responderam as perguntas feitas pelo mediador do debate, jornalista Josafá Ramalho, que ao final elogiou a conduta de todos os quatro.
“Eu quero agradecer e elogiar a conduta dos senhores candidatos neste debate em que procuraram responder as perguntas, apresentar suas propostas de forma civilizada e sem agressões. Fiquei satisfeito em mediar este encontro pela forma que todos participaram”, disse.
Para o presidente do Sinteegel, promotor do debate, Lindomar da Costa, os objetivos da realização do encontro entre os candidatos foram atingidos. “O nosso pensamento foi exatamente este; o de proporcionar aos candidatos e a sociedade oportunidade de ouvirem propostas daqueles que hoje se apresentam como candidatos a administrar a nossa cidade. A presença da população e o nível do debate foram importantes não só para nós do sindicato, mais para a própria cidade”.
As ausências dos candidatos Telma (PMDB) e Evando (PRB) foram lamentadas pelos presentes e pelos candidatos, entre eles Dorgival, como afirmou. “Amigos, quando um candidato não comparece a um debate em que poderá falar sobre seus projetos para a cidade, imagine então como será seu comportamento como prefeito e tiver que enfrentar situações que exige a presença do Poder Executivo? Lamentável a ausência e a falta de compromisso e respeito para com o sindicato e a própria sociedade”, concluiu.
Os quatro candidatos presentes ao debate se ativeram basicamente sobre propostas e condenaram as campanhas milionárias que estão sendo feitas por alguns dos candidatos. “Não resta a menor dúvida de que quem toma dinheiro emprestado para campanha, seja de agiotas, empresários, empresas, igreja ou mesmo de amigos, terá que devolver caso seja eleito ou não. Se este candidato for eleito, os pagamentos destes empréstimos sairão dos cofres do município, do dinheiro que seria aplicado na educação, saúde, esporte e cultura. Por isso é preciso que seja analisado o comportamento de todos os candidatos em relação ao que poderá executar”, comentou Willian Marinho.
Marinho foi mais longe ao afirmar que “a Justiça Eleitoral tem solicitado através de mensagens no rádio, televisão e jornais para que o voto seja limpo e o eleitor não venda o seu voto, afinal quem compra está ficando livre de compromissos, teoricamente comprou a sua eleição. Não adianta receber lotes em final de loteamentos apenas para valorizar o local, sem água, energia, sem ruas a troco do voto, o eleitor não deve ficar iludido com grandes carreatas feitas à custa de dinheiro e sim no que o candidato apresenta como compromisso e sua conduta, afinal, voto é importante e votar errado tem consequências de quatro anos para a cidade, quando não é perdido por ações judiciais e cassado o candidato no qual o eleitor votou”, finalizou.
A organização do debate não permitiu filmagem ou fotografia do encontro, o que gerou protestos dos candidatos e da imprensa. A Rádio Diamantina transmitiu boa parte do encontro entre os candidatos.