Deputado Raimundo Cutrim: crime mal investigado

Na sessão plenária dessa terça-feira (19), o deputado Raimundo Cutrim voltou a falar sobre o envolvimento do seu nome nos casos de crime de agiotagem e da morte do jornalista Décio Sá, ocorrida em 2012. Naquela época, ele chegou a pedir a instalação de uma CPI para apurar as denúncias, mas obteve somente 13 assinaturas, número insuficiente para abertura das investigações.

“Naquela época, o então secretário Aluízio Mendes, junto à governadora Roseana Sarney, fez toda aquela armação, junto à TV Mirante, envolvendo o meu nome com crimes de agiotagem e na morte de Décio Sá. E tudo isso era uma campanha mirabolante que só cabia mesmo na cabeça dessas pessoas”, disse Raimundo Cutrim.
Cutrim disse que pediu a reabertura do caso Décio Sá por acreditar que o crime foi mal investigado. “O caso precisa ser reinvestigado, porque a única coisa que sabemos é quem morreu, o restante é um ponto de interrogação. Então, precisa ser reaberto para que a verdade possa aparecer”, afirmou o deputado, lembrando que, com a investigação do assassinato de Décio Sá, apareceu uma lista com 41 nomes incluindo prefeitos e ex-prefeitos envolvidos no crime de agiotagem, mas, segundo ele, logo que saiu a relação, a lista foi engavetada.
“O que se diz é que foi feito um acordo político através do governo do Estado, com a Secretaria de Segurança Pública e, o mais triste ainda, é que foi com a conivência da procuradora geral de Justiça, dra. Regina Rocha, que, como sempre digo aqui, ela não tem condições profissionais de administrar essa instituição de tão grande magnitude. Ela é conivente com tudo isso. Isso é um fato gravíssimo e o Conselho Nacional do Ministério Público deveria tomar uma providência”, disparou Raimundo Cutrim.

Outro caso de reabertura
Ainda na sessão de hoje, o deputado Raimundo Cutrim também destacou a importância da reabertura, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal, das investigações sobre a morte do filho do governador Flávio Dino (PCdoB).
“É muito importante que o caso seja reaberto para que sejam apuradas as responsabilidades para que fatos dessa natureza não voltem a ocorrer, embora isto aconteça diariamente não só no Maranhão, mas em todo o Brasil”, afirmou Raimundo Cutrim. (Nice Moraes/Agência Assembleia)