O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), entregou ontem ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o parecer da Câmara sobre a admissibilidade do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, aprovado no domingo (17), à noite, pelos deputados. O presidente da Câmara não passou pela entrada onde os jornalistas estavam concentrados. Os senadores Romero Jucá (PMDB-RR), Lindbergh Farias (PT-RJ) e Ana Amélia Lemos (PP-RS) também participaram do encontro.
A partir de agora, cabe a Renan Calheiros ler a comunicação no plenário do Senado e determinar a instalação, em até 48 horas, da comissão especial que vai dar novo parecer sobre a admissibilidade do processo. A comissão terá prazo de 10 dias para concluir o trabalho e levar o relatório ao plenário da Casa. A leitura da comunicação está prevista para hoje (19).
Se a admissibilidade do impeachment for aprovada também pelos senadores, como foi pelos deputados, a presidenta será afastada por até 180 dias, enquanto o Senado analisa o processo em si, e define se Dilma terá o mandato cassado.
Logo após a reunião com Cunha, Renan Calheiros seguiu para reunião com a presidenta Dilma Rousseff. Em seguida, ele se encontrou com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, com quem tratou de dúvidas sobre o rito do impeachment. Se o processo chegar ao final, caberá a Lewandowski conduzir a sessão de votação do impedimento da presidenta. (Agência Brasil)
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