Elson Araújo
Colaborador
É nesta sexta-feira, 1, a primeira “mesa redonda” sobre a crise hídrica e a situação de operação dos reservatórios do rio Tocantins, no Maranhão. O evento tem a chancela e participação da Agência Nacional de Águas (ANA), da Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional da Amazônia (CINDRA) e do Ministério Público Estadual. A presença da Ana e da Cindra em Imperatriz atende a um requerimento do deputado federal Deoclides Macedo (PDT).
Em recente entrevista, o deputado Deoclides Macedo justificou o “encontro de Imperatriz”, que se fundamenta na necessidade de se discutir e tomar decisões sobre a operação dos reservatórios, desde Serra da Mesa (GO) até Tucuruí (PA) para que os estoques de água da bacia possam ser preservados e assim garantir a continuidade da geração de energia e do abastecimento hídrico para irrigação e fundamentalmente para o abastecimento humano.
Ontem pela manhã, o promotor de Justiça do Meio Ambiente da Comarca de Imperatriz, Jadilson Cirqueira, confirmou para as 9 horas o início da reunião com a presença, além dele, das seguintes autoridades: Vicente Andreu, diretor presidente da ANA e presidente do Comitê de Crises da Bacia do Tocantins; Deoclides Macedo, autor do requerimento; Henrique de Sá Valadão Lopes, procurador da República; Marcelo de Araújo Costa Coelho, secretário de Estado do Meio Ambiente; Carlos Rogério Santos Araújo, presidente da Caema.
Conforme o representante do Ministério Público, é aguardada ainda a presença dos prefeitos e secretários de algumas cidades banhadas pelo “Tocantins maranhense”. Confirmaram presença o prefeito de Imperatriz, Francisco de Assis Andrade, e Valmir de Morais Lima, prefeito de Campestre e atual presidente da Associação dos Municípios da Região Tocantina. Da Assembleia Legislativa do Maranhão, até o fechamento desta edição ninguém havia confirmada a presença.
Até chegar ao encontro presencial desta sexta-feira, foram duas teleconferências realizadas pela ANA no Ministério Público de Imperatriz, onde foram expostas algumas das principais preocupações decorrentes da maior seca já enfrentada pelo rio Tocantins em 50 anos. A principal delas a capacidade técnica de a Companhia de Saneamento continuar a abastecer regularmente a cidade caso o rio continue a perder água.
Também foram convidados para o evento o Ibama, Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (CEMADEN), Defesa Civil, Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
O promotor do Meio Ambiente Jadilson Cirqueira declarou que há uma expectativa muito grande quanto às medidas concretas/preventivas que possam ser adotadas quanto a essa crise hídrica. Até agora, a criação do Comitê de Crise e a visita in loco da ANA foram as providências adotadas. Hoje, explicou o promotor, ocorrerá a reunião de trabalho e amanhã (2), uma espécie de “Dia de Campo” pontuado por uma expedição que pretende percorrer o Tocantins de Imperatriz ao município de Estreito.
Do Ministério Público do Maranhão, em Imperatriz, o titular da Promotoria do Meio Ambiente foi o indicado da Cindra para ser um dos expositores do Painel “Visão Geral do Problema”.
O promotor Jadilson Cirqueira ressaltou que a ANA até agora, desde a última teleconferência, tem cumprido com os compromissos assumidos com a causa do rio Tocantins, que foram: a criação de um comitê de crise e a vinda deste comitê a Imperatriz já agendado para esta sexta-feira.
O órgão também se comprometeu a emitir uma nota técnica sobre a situação atual e futura do rio, o que se espera depois do encontro de hoje e da expedição até Estreito, neste sábado.
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