Crise Hídrica e a Situação de Operações dos Reservatórios do Rio Tocantins no Estado do Maranhão foi o tema de mesa redonda que aconteceu no dia 1º de setembro no município de Imperatriz. Este evento é resultado de um requerimento de autoria do deputado federal Deoclides Macedo aprovado pela Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia (CINDRA).

Estiveram presentes o diretor presidente da ANA e presidente do Comitê de Crise do Rio Tocantins, Vicente Andreu; o superintendente de Operações da ANA, Joaquim Gondim; o gerente do ONS, Vinicius Forain; o gerente do CESTE, João Rezec Júnior; representantes do IBAMA, representantes da CAEMA, o promotor do Meio Ambiente de Imperatriz, Jadilson Cerqueira; a secretária municipal do Meio Ambiente, Roza Arruda; a secretária adjunta de Desenvolvimento Sustentável do Maranhão, Liene Soares; a deputada estadual Valéria Macedo, o prefeito de Governador Edison Lobão, Geraldo Braga, ambientalistas, lideranças políticas da região, dentre outros.
Durante o debate, os participantes discutiram os problemas que assolam o Tocantins e sobre a importância de se adotar medidas socioeducativas necessárias para a preservação do leito do rio. Ficou decidido que a vazão da Bacia do Tocantins será mantida por dois meses, evitando assim o racionamento de água, o que garantirá o abastecimento de Imperatriz e região; a Agência Nacional de Águas continuará monitorando a situação do rio por meio do Comitê de Crise, que ocorre a cada quinze dias em Brasília. A próxima reunião acontecerá no dia 12 de setembro.
Foi proposto ainda que a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (CAEMA) busque meios de melhorar a captação de água do rio Tocantins para garantir o abastecimento da cidade mesmo no período da estiagem. O presidente da ANA disponibilizou técnicos para se reunirem com a CAEMA na próxima semana.
Outro ponto abordado foi a necessidade da criação e execução de um Plano de Veraneio para Imperatriz e região informando a vazão do rio no período de estiagem evitando que banhistas, barqueiros e barraqueiros que frequentam e trabalham nas praias localizadas às margens do Tocantins sofram com a seca.
Segundo Deoclides Macedo, essa Mesa Redonda foi muito positiva e de grande importância para a população, como também para a sobrevivência do rio Tocantins. “Discutir essa seca sem precedentes do Tocantins e as consequências desastrosas tanto para a economia local quanto para os ribeirinhos que tiram seu sustento do rio com representantes dos municípios, políticos, representantes de instituições públicas e privadas e a sociedade em geral foi essencial para encontrarmos alternativas para a preservação do leito do rio entre os municípios de Estreito e Imperatriz”, disse.
O parlamentar garantiu que a sua luta em prol do Tocantins não terminou com a mesa redonda. Ele afirmou que em Brasília continuará participando do Comitê de Crise do Rio Tocantins e não medirá esforços para salvar o rio. “A Mesa Redonda foi o primeiro passo que demos para encontrar alternativas para superar essa crise. E acredito que conseguimos hoje dar uma resposta positiva e cheia de esperança à população, aos ribeirinhos e pescadores que sofrem com a seca do Tocantins”. (Assessoria)