Willian Marinho
Faltando ainda quatro meses para a realização das convenções partidárias, quando os partidos discutirão e finalizarão as alianças para o pleito municipal de outubro, surge a cada dia mais confirmação dos partidos desejando disputar a eleição com candidatos próprios. Muitos dos partidos têm a intenção clara de ampliar o nome dos seus candidatos e, desta forma, valorizar o passe no momento de fecharem as coligações majoritárias.
Essa semana, dois partidos confirmaram que pretendem continuar trilhando o caminho da sucessão com nomes próprios. O primeiro foi o PDT. O imbróglio do comando estadual adiou o tema dentro da sigla, por isso mesmo passou a ser especulado que a executiva municipal teria mudado os planos da legenda. Com o fim do impasse estadual, os membros do diretório municipal reagiram e confirmaram que será mantido o projeto que tem o deputado Carlinhos Amorim como o carro-chefe. O próprio Amorim confirmou que aceitou o desafio.
O PSB, outro partido envolto em divergências internas e idas e vindas, também confirmou que o empresário Neudson Claudino é pré-candidato e vai disputar internamente a indicação com o odontólogo Kleber Miranda. Visando ampliar o apoio interno, Claudino reuniu os pré-candidatos a vereador em jantar e conseguiu apoio à pretensão. A impressão que deixou é que está longe de um final feliz a disputa dentro do PSB, contudo um ou outro deverá mesmo ir para a disputa.
Os chamados partidos que formam o bloco de oposição no estado mantêm a posição, embora não estejam se entendendo quanto às alianças. Isso porque todos sonham com a cabeça de chapa e não querem abrir mão de ter o candidato a prefeito.
O PPS, que permanece no governo com o empresário Sabino Costa, da cota pessoal do prefeito Madeira, e é presidido pelo pastor Luiz Porto, passou a fazer críticas à administração municipal com o propósito de chamar a atenção para a pré-candidatura de Porto.
O PCdoB tenta unir estes partidos em torno do seu candidato ou de outro – já fez contatos com outros pré- candidatos – em detrimento ao vereador Edmilson Sanches, que deixou o ninho tucano, onde não teria voo próprio, para seguir ao partido comunista com a garantia de que seria o indicado. Desta posição, Sanches não abre mão.
O PT agiu a tempo do seu enterro político caso mantivesse a decisão de apoiar outro partido e não participar da eleição com candidato próprio. Reunidos, os remanescentes do antigo Partido dos Trabalhadores decidiram lançar o jornalista e escritor Adalberto Franklin pré-candidato a prefeito e busca no PSOL e outros pequenos partidos apoio para sua aliança.
O Partidão – PCB, há muito decidiu investir numa chapa pura para disputar as eleições. Inclusive, já decidiu os nomes que estarão na disputa. O pré-candidato a prefeito é Aluisio Mello e a vice, Deusimar Negreiros.
Outra decisão é quanto ao PSDB, que apostará todas as suas fichas no sentido de permanecer no poder mais quatro anos. Para isso, acredita na articulação e na queda da rejeição do atual prefeito Madeira. Tem conversado com vários partidos nesse sentido.
No PMDB ainda está incerto quanto ao lançamento de um candidato a prefeito pelo partido. Isso em decorrência dos entraves jurídicos que enfrentará o ex-prefeito Ildon Marques para registrar sua candidatura. Ildon tentará até o último segundo para conseguir o registro. Não obtendo êxito, deverá lançar um nome e há fortes indícios de que será o executivo Ildon Júnior, seu filho.
Embora com uma candidata considerada leve, o Democratas ainda não conseguiu alavancar um projeto para dar sustentabilidade à odontóloga Rosângela Curado, que estaria de saída da Secretaria de Saúde do município de Coelho Neto para retornar a Imperatriz. Consta que inclusive para ocupar função aqui na área de saúde. Como em abril todos os pré-candidatos deverão se desincompatibilizar dos cargos que ocupam, é pouco provável que isso aconteça.
PSD e PV permanecem indiferentes à campanha, assim como o PTB, PR e PSC. Esses dois últimos até ensaiaram o lançamento de um candidato: o empresário Ribinha Cunha, contudo parece que repensou o projeto.
Outras siglas, como PSL, PMN, PHS, Pátria Livre, PCO e outros nanicos, deverão apenas brigar por composição proporcional (vereador), pois não têm visibilidade necessária para pleitear indicação nem mesmo para vice.
Comentários