O presidente da CPI, Carlos Hermes (PCdoB), informou que as atividades tiveram continuidade ontem (30) em uma reunião às 11h com o advogado Miguel Daladier. Depois das dificuldades apresentadas pela Companhia de Saneamento nas visitas técnicas de anteontem, ficou definido que haverá uma intensificação no processo pela via judicial.
Esta semana, os vereadores farão requerimento da documentação necessária para averiguar a falta de aplicação de recursos da empresa em Imperatriz. Já para os próximos dias, a agenda prevê a intimação de autoridades ligadas à Caema e os depoimentos que serão realizados na Câmara de Vereadores.
Quanto à alegação levantada na Tribuna de que a firma é prestadora de serviços para todo o Maranhão, não podendo ser investigada pelos legisladores locais, Hermes esclarece que é um equívoco, pois há um contrato com a prefeitura. A Constituição também ampara a CPI quando são apresentados fatos concretos como a falta de água e de investimentos.
A precariedade na prestação de serviços é identificada em todos os bairros da cidade e, como enfatiza o presidente, a Comissão tem afinidade de grande parte dos edis. “No último caso, daremos ao povo as respostas que ele tanto precisa. Não tem como explicar porque Imperatriz paga tanto e não recebe nada em termo de água”.
Entenda
Durante uma visita ao escritório da Caema na manhã de terça-feira (29), o diretor regional Alberto Santos se negou a receber a CPI alegando ter uma reunião com o prefeito. Com a pressão dos parlamentares, Santos se viu obrigado a atendê-los e marcou uma visita para a tarde, quando seria conhecida a estrutura da empresa.
No intervalo entre um encontro e outro, a direção estadual da Caema negou a entrada da CPI. De imediato, os vereadores se dirigiram ao Ministério Público, onde reforçaram o amparo legal da Comissão. “Se não tem nada a esconder, não existe motivo para que eles não nos recebam!”, reforçou Hermes. (Juliana Carvalho)
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