A CPI da CBF, dedicada a investigar a Confederação Brasileira de Futebol, terá reunião na terça-feira (4) para definir seu plano de trabalho. O relator da comissão, senador Romero Jucá (PMDB-RR), apresentará ao colegiado sua proposta de cronograma, convocações e pedidos de informação.
— A CPI vai investigar quem precisar investigar. Agora, o resultado não é só investigar; o resultado da CPI tem que ser propositivo. Nós temos um desafio: essa CPI tem que enquadrar quem cometeu algum tipo de crime, mas não basta isso, temos que melhorar o futebol brasileiro – afirmou Jucá na primeira reunião da CPI, em julho.
Na mesma ocasião, o senador Romário (PSB-RJ), que preside o colegiado, citou nomes de dirigentes atuais e antigos da CBF como alvos específicos, como o presidente Marco Polo Del Nero e os ex-presidentes José Maria Marin e Ricardo Teixeira. Ele garantiu que não poupará esforços, mesmo diante da possibilidade de a confederação obstruir as investigações.
— Posso te afirmar que o trabalho passa por abrir o sigilo da CBF, de federações, de clubes, de dirigentes, de presidentes. Esse é o papel da CPI e eu tenho certeza de que esse papel, pelo menos no que se refere à minha parte, vou tentar fazer da melhor forma possível – disse. Jucá e Romário confirmaram que pretendem pedir colaboração no exterior, especialmente do FBI, que conduz uma operação internacional contra a corrupção no futebol. Os ex-presidentes Teixeira e Marin são alvos da investigação, e este último está preso em Genebra, na Suíça, há mais de dois meses.
Contando com 11 membros, a CPI da CBF verificará possíveis irregularidades em contratos firmados para a realização de partidas da seleção brasileira e de campeonatos organizados pela CBF, assim como para a realização da Copa das Confederações de 2013 e da Copa do Mundo de 2014. A comissão terá 180 dias para concluir os trabalhos. (Agência Senado)
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