Apesar da aparente normalidade que se vê nas ruas da cidade, especialistas na área médica chamam a atenção para o aumento do número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus em Imperatriz. Ontem, o presidente da Unimed, Irisnaldo Félix da Silva, durante entrevista alertou: “As pessoas estão reduzindo os cuidados, deixando de usar máscaras, frequentando e formando aglomerações de maneira que favorece o aumento de pessoas impactadas a ponto de se temer a lotação das unidades que ora estão reservadas para o combate à Covid-19”.
O presidente da Unimed observou que desde o dia 20 de julho é registrado um aumento nos índices de contaminação e o hospital da entidade acusa uma maior procura a ponto da administração estar preocupada com a necessidade de aumentar as unidades de leitos para atender afetados pela Covid-19. “As alas reservadas para esse atendimento estão todas chegando ao limite”.
Dentro do agravamento do quadro, ele chamou a atenção para dois pontos altamente preocupantes. O primeiro é que ao contrário do quadro observado quando do sistema colapsado de abril e maio em Imperatriz, que afetou principalmente pessoas com mais idade e portadores de comorbidades, atualmente é alto o número de jovens e em aparente condições de saúde que procuram atendimento. Um número considerável, entre 20 e 35 anos de idade. - Isso é grave, muito grave, ressaltou.
Outra situação diz respeito ao percentual de imperatrizenses infectados. “85 por cento dos que estão internados são pessoas de Imperatriz e não de cidades próximas”.
Sem dúvida, essas duas situações mostram que a flexibilidade existente reflete no aumento dos casos. Imperatriz hoje possui o triste número de 300 mortos e é a cidade com população entre 200 a 300 mil habitantes com a maior quantidade de óbitos em números absolutos de norte a sul do país. A continuar com essa perigosa combinação, contaminação em alta e isolamento em baixa, o quadro continuará a ser agravado.
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