Juscelino Oliveira assina o livro de posse

Após ser empossado, Juscelino Oliveira iniciou seu pronunciamento afirmando que vivia naquele dia um misto de alegria e de tristeza. Disse que a alegria pelo fato de chegar ao cargo de prefeito e de tristeza porque a cidade perdera Silney Buldal, que foi seu adjunto na administração de Gilson Sant'Anna, e o agropecuarista Olindo Chaves, "além do meu filho Saulo, que faleceu prematuramente há quatro meses".

De acordo com o prefeito empossado, o município viveu nos últimos dois anos uma situação conturbada em face aos conflitos criados pela ex-prefeita contra membros do Legislativo, Judiciário e Ministério Público. "Uma cidade com população superior a 100 mil habitantes, que não possui transporte público, as ruas esburacadas, a saúde um caos, obras inacabadas, entre outros desmandos".
Juscelino afirmou que não sabe por quanto tempo vai governar. "Não sei se um dia, um mês, um ano, até o final do mandato, a única coisa que sei é que vou administrar em consonância com a Câmara de Vereadores, ouvindo o povo, criando novas perspectivas de desenvolvimento, atraindo empresas e empreendedores para que venha gerar emprego e renda para o município".
Ele lembrou que, quando vereador, conseguiu trazer para o município o programa "Minha Casa, Minha Vida", cujas casas foram construídas de maneira conjugada, num total desrespeito para com o cidadão que vai habitá-la. Observou que a gestão anterior fez empréstimo junto à Caixa Econômica no valor de R$ 20 milhões para a infraestrutura da Vila Ildemar, mas segundo ele, as ruas continuam intrafegáveis.
Segundo o prefeito empossado, os R$ 20 milhões entraram pelo ralo da corrupção, o matadouro que foi construído há mais de dois anos foi tomado pelo mato e o mercado municipal está prestes a desabar. "Porém, me comprometo em recuperar as ruas da cidade, em fazer funcionar o matadouro e recuperar o mercado municipal para o conforto, higiene e segurança dos comerciantes e dos consumidores", garantiu.
Juscelino Oliveira afirmou que a cidade vive uma séria crise no setor siderúrgico, principal segmento econômico da cidade, o que torna difícil administrar, mas não impossível quando se faz uma gestão voltada apenas para os interesses da comunidade. Afirmou que antes de ser empossado manteve contato com o Governo do Estado e garantiu que até domingo próximo chegam à cidade três secretários para anunciar a instalação do parque industrial de Açailândia.
Afirmou, ainda, que o BNDES vai financiar o complemento do recurso para a conclusão da aciaria que vai beneficiar o ferro gusa produzido nas siderúrgicas, "o que certamente atrairá para o município empreendedores dos mais diversos ramos do comércio e da indústria". Finalmente, garantiu que não vai perseguir nem demitir ninguém, vai governar com o povo buscando o que é melhor para Açailândia. (Domingos Cezar)